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Interior

Município tem mais de 6 mil crianças fora da escola por falta de vagas

Situação se deve a falta de investimentos e até descumprimento de promessa de campanha

Vanda Escalante | 25/02/2015 15:17
manifestantes acompanharam sessão da Câmara para ouvir explicações do secretário de Educação (Foto: TL Notícias)
manifestantes acompanharam sessão da Câmara para ouvir explicações do secretário de Educação (Foto: TL Notícias)

Com demandas sociais importantes em diversos setores, como Saúde, Habitação, Segurança e Educação, Três Lagoas (a 338 km de Campo Grande) vive um crise institucional que reflete as consequências de um rápido crescimento econômico sem planejamento adequado e sem os investimentos necessários.

“Na Educação a crise está mais visível e Três Lagoas tem hoje um déficit de aproximadamente seis mil vagas, mas os problemas vêm se acumulando. A imagem de brilho que o município ostentava vem mudando e deixando perceber que o poder público não fez a obrigação, não aplicou corretamente os recursos”, comenta o vereador Jorge Martinho (PSD)

Explicações
O convite dos vereadores para que o secretário de Educação de Três Lagoas, Mário Grespan Neto, fosse à sessão da Câmara explicar a suspensão dos primeiro dias letivos por falta de merenda em alguns CEIs (Centros de Educação Infantil) e de transporte escolar na zona rural, terminou com mais polêmica. Mesmo atribuindo os problemas a questões de cunho burocrático, como o término de contratos e o atraso nas licitações, o secretário não conseguiu convencer o público que compareceu à sessão portando cartazes de protesto.

Entre as perguntas feitas pelos vereadores, o secretário teve que responder por que motivo a prefeitura não tinha providenciado a implantação de creches no período noturno, compromisso assumido pela prefeita Márcia Moura durante a campanha eleitoral. De acordo com notícia publicada pelo site TL Notícias, a resposta foi apenas que não haveria a implantação do período noturno nas creches porque “o município não estava adequado”

Ações populares
Ainda de acordo com o vereador Jorge Martinho, o mau uso do dinheiro público pela prefeitura de Três Lagoas já gerou mais de seis ações populares que questionam valores de contratos com empreiteiras e fornecedores.

Para o vereador, a falta de planejamento da administração deverá ter consequência ainda mais sérias durante todo o ano de 2015. “Dinheiro não falta, o que falta é gestão mesmo. Uma cidade com um orçamento de 397 milhões de reais deveria estar vivendo uma situação muito diferente”, avalia Jorge Martinho.

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