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Interior

Na pandemia, 740 já tentaram passagem em rotas clandestinas da fronteira

Estrangeiros e pessoas sem nenhuma documentação foram vistos por militares do Exército e enviados de volta aos países de origem

Izabela Sanchez | 09/08/2020 08:27
Militares registrados durante fiscalização na rodovia Ramão Gomes na fronteira com a Bolívia em Corumbá (Foto: Divulgação/Exército)
Militares registrados durante fiscalização na rodovia Ramão Gomes na fronteira com a Bolívia em Corumbá (Foto: Divulgação/Exército)

Um dos lados fronteiriços de Mato Grosso do Sul, a divisa entre Corumbá, a 419 km de Campo Grande, e a cidade boliviana Puerto Quijaro, tem sido deixada de lado na pandemia e deu lugar às rotas clandestinas que dão passagem a estrangeiros de forma ilegal. Levantamento do Exército indica que de março até agora, 740 pessoas já tentaram passagem ao Brasil através dessas vias.

Militares do Exército brasileiro realizam operação para coibir trânsito ilegal, bloqueado nos dois lados da fronteira para evitar explosão de casos da covid-19. Conforme o Diário Corumbaense, bolivianos e peruanos - que tentam a rota depois de entrarem na Bolívia - foram deportados aos países de origem, e além deles, pessoas sem nenhuma documentação.

Na última semana, dois homens, um boliviano e um peruano, foram presos depois que tentaram subornar militares que realizavam fiscalização. Eles já estavam na BR-262 depois de atravessarem a linha de fronteira e levavam 180 mil dólares. Chegaram a oferecer 100 mil dólares para não serem levados até a sede da Polícia Federal.

O Diário Corumbaense pontua que entre o total de pessoas de outros países que tentaram passagem, 387 eram bolivianos e apenas 3 eram peruanos. Chama a atenção que 350 pessoas sem documentação tentaram entrar no Brasil.

Além da fiscalização do trânsito de pessoas, os militares atuam sobre o tráfico de drogas. Desde março, três pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido, mas a quantidade foi “pequena” em comparação aos valores que costumam ilustrar a logística do tráfico de drogas. A operação contabiliza apreensões de 60,8 quilos de pasta base de cocaína e 20 quilos de maconha.

Conforme o jornal, essas rotas ilegais são chamadas de “cabriteiras”. Pontos localizados na zona rural de Corumbá, também são vias para “atravessar” pessoas traficadas e carros roubados. Um dos locais, a Rodovia Ramão Gomes, dá acesso ao Posto Esdras, na fronteira com a Bolívia e tem a presença de militares em abordagem aos veículos e pessoas.

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