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Interior

Padroeira do Paraguai tem missa em silêncio e sacerdote sozinho em praça

Imagem de ruas vazias e comércios fechados por causa da pandemia marcam data religiosa mais importante para o povo paraguaio

Helio de Freitas, de Dourados | 08/12/2020 07:36
Padroeira do Paraguai tem missa em silêncio e sacerdote sozinho em praça
Monsenhor Ricardo Valenzuela chega à Basílica de Caacupé com praça vazia nesta terçã (Foto: ABC Color)

A pandemia do novo coronavírus veio para mudar a história e ficará marcada na mente do povo paraguaio por afetar o dia mais sagrado para os católicos do país vizinho, o dia da Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai.

Hoje o dia é de silêncio e ruas vazias na maioria das cidades paraguaias. O movimento intenso de carros e pessoas se acotovelando em frente à Basílica de Caacupé vistos todos os anos no dia 8 de dezembro não existem nesta terça-feira.

Ao chegar à basílica para celebrar a principal missa do dia, o monsenhor Ricardo Valenzuela se deparou com as ruas e praça em frente à igreja completamente vazias. A missa foi transmitida pelas redes sociais.

Com menos de 60 mil habitantes, Caacupé fica a 543 quilômetros de Ponta Porã (MS) e a 53 km da capital Asunción. Em julho de 2015, o Papa Francisco visitou a cidade.

“Ver a Ruta PY02 vazia, sem peregrinos, nem sequer veículos, na manhã deste 8 de dezembro, foi um golpe de realidade que, sem dúvida, nos fará analisar tudo o que foi este ano de pandemia”, escreveu o repórter do jornal ABC Color escalado para cobrir o dia da padroeira em Caacupé.

“Dói ver isto tão grande assim. Nos preparamos tanto para este acontecimento que sabemos, tem significado enorme para o Paraguai e ultrapassa a fronteira. Grande parte da população compreende a situação e celebram em casa”, afirmou o monsenhor Ricardo Valenzuela em frente à praça da basílica, totalmente vazia.