Pai é principal suspeito de estuprar menina que morreu na fronteira
Trabalhador em lavoura de maconha, homem ainda não foi localizado pela polícia
O pai é o principal suspeito de ter estuprado a menina de 7 anos de idade que morreu ontem (24) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Levada ao hospital com hemorragia, a criança morreu antes de receber atendimento e a autópsia confirmou o estupro.
O promotor Álvaro Rojas, o comissário Francisco Talavera, do setor de investigações da Polícia Nacional, e o médico forense Cesar González deram detalhes do caso em entrevista coletiva nesta terça-feira (25).
Rojas disse que a mãe da criança foi presa e formalmente denunciada por descumprir o dever de cuidado. Ela é suspeita de acobertar o autor do estupro alegando que a filha caiu da cama e também se machucou durante festa de aniversário, no domingo. O médico Cesar González disse que o exame descarta ferimento por queda e confirma a violência sexual, praticada há algum tempo.
Já o promotor diz que todo mundo na casa nega a violência sexual. Também chama a atenção o fato de a tia ter levado a criança ao hospital e não a mãe. A mulher tem outras quatro filhas, com idades entre 8 e 21 anos. A avó das crianças, que também mora no local, mantém a versão da mãe de que a menina não sofreu violência sexual.
Álvaro Rojas disse que o pai biológico não mora na casa, mas costuma frequentar o local quando está na cidade. Trabalhador rural, ele seria funcionário em roças de maconha no entorno de Pedro Juan Caballero. O suspeito está desaparecido.
Segundo o médico forense, a menina apresentava fissura anal antiga e morreu vítima de hemorragia digestiva aguda. O Ministério Público e a polícia já começaram a investigar se as outras filhas do casal também sofreram violência sexual.
