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Interior

Para MP, falta de planejamento e de envolvimento familiar prejudica educação

Ministério Público pela Educação identificou falta de manutenção em escolas e de mobiliários adequados em escolas de Caarapó

Helio de Freitas, de Dourados | 28/10/2015 16:46
Audiência pública do projeto MPEduc em Caarapó teve participação de 90 pessoas (Foto: MPF/MS)
Audiência pública do projeto MPEduc em Caarapó teve participação de 90 pessoas (Foto: MPF/MS)
Carnes armazenadas não tinham rótulo de identificação (Foto: MPF/MS)
Carnes armazenadas não tinham rótulo de identificação (Foto: MPF/MS)
Computadores parados há mais de um ano por falta de mobiliário (Foto: MPF/MS)
Computadores parados há mais de um ano por falta de mobiliário (Foto: MPF/MS)

A indisciplina de alunos e ausência dos pais da realidade escolar estão entre os principais problemas identificados nas escolas públicas de Caarapó, a 283 km de Campo Grande, quinta cidade de Mato Grosso do Sul a receber o projeto MPEduc (Ministério Público pela Educação).

No dia 22 deste mês os promotores do projeto fizeram a audiência pública para debater a qualidade do ensino oferecido os estudantes das escolas da cidade. Pelo menos 90 pessoas, entre profissionais da educação e pais de alunos, participaram dos debates.

No dia seguinte à audiência, o procurador da República Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves e o promotor Arthur Dias Junior, acompanhados de servidores do Ministério Público Federal e Estadual, visitaram duas escolas de Caarapó, um municipal, localizada na periferia da cidade, e uma estadual, no centro.

De acordo com a assessoria do MPF, na Escola Municipal Moacir Franco de Carvalho a falta de planejamento dos gestores públicos tem afetado o rendimento dos alunos. “Apesar de todas as salas possuírem ar condicionado, o pleno funcionamento dos aparelhos depende de prévia manutenção da rede elétrica da unidade, até hoje não realizada”, diz nota divulgada pelo MPF.

Carne sem qualidade – Com boa infraestrutura graças a uma compensação social pelo impacto da instalação de empresa sucroalcooleira na região, foi a primeira entre as que receberam a equipe do MPEduc a ter refeitório adequado, biblioteca e salas de aula novas.

Entretanto, falta controle de qualidade na carne fornecida aos alunos. “Os alimentos não contêm rótulo de identificação das características do produto, ficando obscuros os dados do fornecedor e até o prazo de validade”.

Calor – Na Escola Estadual Cleuza Aparecida Vargas Galhardo, os alunos enfrentam o calor sul-mato-grossense. Não há ar condicionado nas salas de aula, o que, segundo o MP, prejudica o aprendizado. Os promotores também apontaram falta de planejamento para garantir a qualidade do ensino.

No local os promotores encontraram 19 conjuntos de computadores novos entregues pelo Ministério da Educação, mas que estão parados no laboratório de informática há mais um ano por falta de mobiliário adequado para a instalação.

Conforme o relatório, a horta orgânica, que seria instalada dentro escola, ainda não foi montada por falta de mão de obra e o botijão de gás, “um perigo para merendeiras e crianças”, está instalado dentro da cozinha e não fora, como recomendam nas normas de segurança.

“Ainda com as dificuldades, a merenda servida é de qualidade, com variedade de legumes e hortaliças”, destaca o procurador Pedro Gonçalves, que tem acompanhado as atividades do MPEduc na região de Dourados.

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