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Interior

Paraguai nega pedido de traficante da fronteira para ser enviado ao Brasil

Com a decisão, Alexandre Rodrigues Gomes, filho do ex-deputado Lalo, segue preso naquele país

Por Helio de Freitas, de Dourados | 10/12/2025 15:37
Paraguai nega pedido de traficante da fronteira para ser enviado ao Brasil
O brasileiro Alexandre Rodrigues Gomes durante audiência na Justiça do Paraguai (Foto: ABC Color)

Acusado de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, Alexandre Rodrigues Gomes vai continuar preso no Paraguai, onde será julgado. Ele é filho do ex-deputado Eulalio Gomes, o Lalo, morto durante operação da polícia paraguaia em agosto de 2024 em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).

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A Justiça paraguaia negou o pedido de extradição de Alexandre Rodrigues Gomes, acusado de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Filho do ex-deputado Eulalio Gomes, morto em operação policial em 2024, ele permanecerá detido na Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada, próxima a Asunción.O Ministério Público paraguaio alega que Gomes cometeu diversos crimes no país, incluindo ameaças a autoridades judiciais e negociações de cocaína na Bolívia. Ele foi preso na mesma operação em que seu pai, importante líder ruralista com suposta ligação ao traficante Jarvis Chimenes Pavão, foi morto pela polícia em Pedro Juan Caballero.

Com dupla nacionalidade, assim como o pai, Alexandre Gomes pediu à Justiça do Paraguai a extinção das acusações contra ele naquele país e que fosse extraditado para o Brasil, onde também é processado por tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O pedido foi feito por seus advogados durante audiência em que o acusado participou de forma remota. Entretanto, o juiz de garantias Osmar David Legal Troche, especializado na área de combate ao crime organizado, negou o pedido e decidiu que Alexandre Gomes vai continuar preso e sendo processado em território paraguaio.

Ao se posicionar contrário à extinção do processo e extradição, o Ministério Público citou vários crimes que teriam sido cometidos por Alexandre Rodrigues Gomes em território paraguaio, entre os quais ameaças de morte a juízes e promotores e viagens à Bolívia para negociar a compra de cargas de cocaína.

Importante liderança ruralista do Paraguai, onde possuía fazendas de criação de gado de raça, Lalo tinha grande prestígio nos dois lados da fronteira e há alguns anos vinha sendo investigado por ligação com traficantes da fronteira, entre eles o sul-mato-grossense Jarvis Chimenes Pavão, considerado o “Barão da Droga”.

No exercício do mandato, o político colorado teria reagido atirando nos policiais e foi morto dentro do quarto. A família acusa a Polícia Nacional de execução.

Sucessor do pai nos negócios, Alexandre Rodrigues Gomes foi preso na mesma madrugada em que Lalo Gomes foi morto por agentes da Polícia Nacional que entraram em sua casa a pretexto de cumprir mandado de busca e apreensão. Atualmente, ele está recolhido na Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada, na região metropolitana da capital Asunción.

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