Polícia apreende 1 t de carne em comércios abastecidos por ladrões de gado
Até um rato foi encontrado em um dos locais fiscalizados pelos policiais
A Polícia Civil apreendeu cerca de uma tonelada de carne imprópria para o consumo em estabelecimentos comerciais de Miranda, cidade que fica a 201 quilômetros de Campo Grande. A operação que resultou nas apreensões, denominada "Minotauro" investigava uma série de furtos de gado em fazendas da região.
Só entre dezembro de 2020 até janeiro deste ano foram registrados dez boletins de ocorrência de crime de abigeato, todos com as mesmas características. Os animais eram abatidos durante a noite, ainda no pasto e a carne, principalmente as “partes nobres” era furtada pelos criminosos. Para fugir, os suspeitos usavam estradas vicinais e trilhas em florestas, fatores que dificultavam a identificação dos envolvidos.
No entanto, conforme o portal Bonito + o SIG (Setor de Investigações Gerais) da delegacia recebeu denúncias de que a carne furtada nas propriedades rurais era revendida em pequenas mercearias e açougues de Miranda. Nesta manhã, foram fiscalizados dez estabelecimentos comerciais da cidade onde foram encontradas as carnes. Os policiais ainda descobriram uma fábrica clandestina de linguiça, que vendia o produto impróprio para as pequenas mercearias da cidade. Até um rato foi encontrado em um dos locais fiscalizados pelos policiais. Em um dos estabelecimentos uma linguiça também tinha fezes dos roedores.
Também foram apreendidos mais de 200 litros de leite in natura, além de outros alimentos em condições improprias, como queijos. Conforme o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, além de colocar a saúde dos moradores em risco o crime prejudica outros comerciantes que pagam o valor correto pelo produto. A vigilância sanitária foi acionada para realizar inspeção nos estabelecimentos e toda a carne apreendida será periciada e em seguida descartada.
A operação de hoje contou com a participação de 20 policiais civis das delegacias de Miranda, Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti, além de quatro agentes do IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul).
