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Interior

Polícia apura se dinheiro pego com policial é da Máfia do Cigarro

Flagrante aconteceu na tarde de ontem (dia 16), na BR-463, em Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande

Viviane Oliveira, Marta Ferreira e Helio de Freitas | 17/04/2018 10:40
Dinheiro estava escondido em compartimento no câmbio de um Ford Ka(Foto: divulgação/PF)
Dinheiro estava escondido em compartimento no câmbio de um Ford Ka(Foto: divulgação/PF)

A Polícia Federal investiga se o dinheiro encontrado com o cabo da Polícia Militar Joacir Ratier de Souza, 44 anos, é da Máfia do Cigarro, como são chamadas as quadrilhas que vendem no Brasil produto vindo do Paraguai, segundo a informação apurada pelo Campo Grande News. O policial, lotado no 3º Batalhão de Polícia Militar de Dourados, foi flagrado transportando R$ 94,67 mil em dinheiro escondidos em compartimento no câmbio de um Ford Ka.

O flagrante aconteceu na tarde de ontem (dia 16), na BR-463, em Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande.  Conforme o delegado Glauber Fonseca, chefe da Delegacia Federal do município, o PM contou que foi contratado por um amigo para levar a quantia de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para Dourados. Joacir e o amigo, que não teve a identidade revelada, foram ouvidos e liberados.

“A situação é estranha, mas não houve crime. O dinheiro foi apreendido porque o policial não conseguiu explicar a origem”, explicou. De acordo com o delegado, haveria crime se o trajeto fosse o contrário, ou seja, se o dinheiro estivesse saindo do Brasil para o Paraguai.

Segundo apurado pela reportagem, Joacir foi preso em 2011 na operação “Marco 334 deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar organizações criminosas que atuavam no contrabando de cigarros na fronteira entre Brasil e Paraguai. “É claro que eventuais inquéritos envolvendo o policial será usado como uma das linhas de investigação”, disse o delegado.

O policial também tem uma condenação de 2007, por ter transportado um preso, de quem, à época, recebeu R$ 900, segundo o processo. Em 2009, foi investigado por ato de improbidade administrativa em razão de uso de viatura para fins particulares e por prevaricação - agente que deixa de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.

Providências - Indagado, o tenente-coronel Carlos Silva, comandante do 3º Batalhão de Dourados, disse que ainda não foi comunicado oficialmente sobre o fato, mas assim que isso ocorrer será aberto procedimento para apurar a conduta do cabo. O Campo Grande News também entrou em contado com o Comando Geral da Polícia Militar, mas não houve retorno até o fechamento deste texto.

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