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Interior

Polícia apura se mãe de garota estuprada encomendou execução

Corpo de Álisson Souza Santos foi encontrado em sítio próximo à BR-158. Ele teria sido assassinado após um “tribunal do crime”

Humberto Marques | 10/05/2018 15:42
Operação envolve mais de 90 policiais em Três Lagoas. (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Operação envolve mais de 90 policiais em Três Lagoas. (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

O assassinato do mecânico Álisson Souza Santos, 24, ocorrido em 26 de fevereiro deste ano em Três Lagoas –a 334 km de Campo Grande–, teria sido ordenado por uma facção criminosa como resultado de um “tribunal do crime”. As informações foram repassadas na manhã desta quinta-feira (10) pela Polícia Civil. Álisson foi acusado de ter estuprado uma adolescente de 11 anos e sua morte teria sido encomendada pela mãe da garota.

Investigações sobre o crime resultaram em 18 prisões na cidade nesta sexta, durante a Operação Hidra de Lerna, realizada pela Polícia Civil no município e que cumpriu mandado também em Dourados –onde um detento da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) foi levado para prestar esclarecimentos sobre o assassinato.

O mecânico, que era casado, havia se envolvido com a adolescente, de acordo com informações do delegado Rogério Fernando Market, apresentada em coletiva nesta manhã. Diante do fato, familiares decidiram “fazer justiça com as próprias mãos” e procurando a facção, segundo reforçou a Polícia Civil em nota sobre a operação.

Ele foi retirado de sua casa, na frente da mulher, e foi torturado antes de ser assassinado –o corpo foi degolado e abandonado em um sítio às margens da BR-158, na saída para Brasilândia, sendo encontrado seis dias após o crime em avançado estado de deterioração.

A Polícia Civil apura a informação de que o estupro foi informado à facção pela mãe da garota, que está entre os presos na Hidra de Lerna. A ação policial foi deflagrada no início da manhã, envolvendo mais de 90 policiais civis e militares e apoio do helicóptero da Polícia Militar.

Ainda segundo a Polícia Civil, o “tribunal do crime” que decidiu pela morte de Álisson teria sido responsável pela tortura de duas outras pessoas –que não foram mortas.

*Reportagem alterada às 16h31 para acréscimo de informações

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