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Interior

Polícia descobre lavagem de dinheiro do tráfico na compra de criptomoeda

Sistema foi encontrado durante operação que resultou na prisão de homem de confiança de “Tio Rico”

Por Helio de Freitas, de Dourados | 05/02/2024 09:03
Agente da Senad em local onde funciona mineradora clandestina de criptomoeda (Foto: Divulgação)
Agente da Senad em local onde funciona mineradora clandestina de criptomoeda (Foto: Divulgação)

A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) descobriu sistema clandestino de mineração de criptomoedas ligado ao paraguaio Rodrigo Emilio Montalva Agüero, 41, considerado homem de confiança do narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, o “Tio Rico”.

Segundo a agência paraguaia, o esquema servia para lavagem de dinheiro do comércio internacional de cocaína. Rodrigo foi preso na noite de sábado (3) quando tentava cruzar a Ponte da Amizade, para fugir para o Brasil.

A organização chefiada por “Tio Rico” atua na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul, onde faz lavagem de ativos através de empresas e instituições religiosas. Miguel foi preso há um ano no Rio de Janeiro e extraditado para o Paraguai pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A mineradora clandestina de criptomoedas funcionava em um barracão localizado no bairro San Miguel, em Presidente Franco, cidade vizinha de Ciudad Del Este. Segundo a Senad, a propriedade pertence a Ever Cristobal Córdoba Villanueva, cunhado de Rodrigo Agüero. Ele não foi localizado.

No barracão, foram encontradas 12 máquinas mineradoras de bitcoin e um notebook em pleno funcionamento. A Senad informou que a organização, chefiada no Paraguai por “Tio Rico” e pelo uruguaio Sebastián Marset (que está foragido), usava criptomoedas para pagar carregamentos de cocaína.

Rodrigo Emilio Montalva Agüero no momento em que foi preso na fronteira (Foto: Divulgação)
Rodrigo Emilio Montalva Agüero no momento em que foi preso na fronteira (Foto: Divulgação)

Tio Rico - Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido como Tio Rico, foi o criminoso mais procurado do Paraguai. Ele liderava uma organização criminosa envolvida em atividades ilícitas, incluindo tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro.

Tio Rico tinha planos de se tornar o principal fornecedor de cocaína para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do tráfico no Rio de Janeiro, visando expandir sua influência por todo o país. Após quase um mês de cerco, ele foi capturado em fevereiro de 2023 no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, pela Polícia Civil.

O narcotraficante é apontado como mandante da execução do promotor paraguaio Marcelo Pecci, em maio de 2022. O promotor foi assassinado enquanto passava lua de mel na praia de Cartagena das Índias, na Colômbia.

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