Prefeito e produtores reclamam de trechos intransitáveis na MS-436
Com trechos intransitáveis, a MS-436, que liga Camapuã a Alcinópolis (distante 402 km de Campo Grande), deverá passar por obras de reparo em abril, segundo a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Recentemente, o prefeito de Figueirão Rogério Rosalin (PSDB) mapeou e fez um relatório com fotos dos 21 pontos mais críticos da rodovia.
O relatório foi entregue ao governo do Estado e a Assembleia Legislativa. Segundo o prefeito, a situação da rodovia se agrava a cada dia por falta de manutenção. “Todos os pontos identificados estão em degradação. No relatório consta a localização exata via GPS de cada um. Dessa maneira o governo passa a ter um levantamento preciso, contribuindo com nossa reivindicação, já que a empresa atual que presta o serviço de manutenção da rodovia está muito devagar e o serviço não rende”.
O Rogério Rosalin se refere a empresa Sanches Tripoloni, responsável por realizar a manutenção da via por cinco anos. A Agesul foi acionada sobre a situação e informou que a empresa está realizando um serviço abaixo do esperado, podendo ser notificada pelo órgão. A rodovia teve um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão por quilômetro na sua construção, e tem provocado cerca de dez acidentes por mês.
O secretário de Infraestrutura,o Estado de MS, Marcelo Miglioli , afirma que o preço que o Estado paga pelo serviço de tapa buracos é defasado, por conta disso, a empresa não consegue avançar nas correções. Já o presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB) garantiu uma reunião com Tribunal de Contas do Estado, para que seja revisto o contrato e atualizado os valores praticados.
Atendendo a pedidos de produtores da região, o prefeito de Figueirão tem intensificado a cobrança por melhorias. “Pela conversa que tivemos, o Estado cobra da empresa contratada, e a mesma justifica que não fecha a conta, e o prejuízo desse entrave sobra para a população, principalmente de Alcinópolis e Figueirão, que usam constantemente a 436”, destaca o prefeito.
Entre os pecuaristas, Rubens Catenacci,falou da urgência no serviço. “Alguns trechos estão intransitáveis, e já ocasionam prejuízos a quem passa por ali. Temos também casos nas rodovias não pavimentadas que cortam o município de Figueirão, como MS-223, que liga da Fazenda Jangada até a comunidade Jauru, em Coxim. Além da rodovia MS-424, na região da Fazenda Cabo de Aço, que dificulta principalmente o transporte escolar. A necessidade de manutenção é urgente”, finaliza.