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Interior

Presidente da CDHM da Câmara retorna a MS e vai a Antonio João e Douradina

Deputado Paulo Pimenta disse que vem pela quinta vez ao Estado após conflitos entre produtores e índios se intensificarem

Helio de Freitas, de Dourados | 08/09/2015 19:03
Paulo Pimenta com índios na região de Amambai, em julho deste ano (Foto: Arquivo)
Paulo Pimenta com índios na região de Amambai, em julho deste ano (Foto: Arquivo)

O presidente da CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara Federal, Paulo Pimenta (PT/RS), volta nesta quarta-feira (9) a Mato Grosso do Sul para buscar com as autoridades locais o fim dos conflitos entre indígenas e proprietários de terra. Pimenta chega nesta noite a Campo Grande e amanhã vai até a aldeia de Bocajá, em Douradina, a 296 km da Capital, e na quinta estará em Antonio João, na fronteira com o Paraguai.

Conforme a assessoria, diante de episódios ocorridos no último final de semana, mais uma vez Paulo Pimenta foi chamado por lideranças indígenas “para que seja restabelecido o diálogo e descartada qualquer ação pelo uso da força”. Segundo ele, o retorno a MS faz parte de uma “sequência de esforços que estão sendo tomados para promover a paz nas áreas de conflito”.

Na semana passada, Pimenta acompanhou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Campo Grande. Na agenda desta semana, o deputado gaúcho se reúne com membros da Funai, Ministério Público Federal e lideranças indígenas dos territórios Ñanderú Marangatú (Antônio João) e Guyra Kamby´i (Douradina). As duas localidades foram alvos de conflitos nos últimos dias.

Antonio João – A assessoria de Paulo Pimenta cita que em 2005 o ex-presidente Lula homologou a demarcação de Ñanderú Marangatú, mas o então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Nelson Jobim, suspendeu os efeitos do decreto presidencial.

“Passados mais de 10 anos, até agora o STF não decidiu sobre o caso. Os indígenas criticam a lentidão do STF, que, segundo eles, agrava a situação de conflito, e tem como saldo inúmeras mortes de lideranças indígenas”, afirma o deputado.

A assessoria cita ainda dados do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), mostrando que, nos últimos 11 anos, mais da metade dos assassinatos de indígenas no país ocorreu em Mato Grosso do Sul. O levantamento aponta também 73 casos de suicídios de indígenas no Estado em 2013,o maior índice em 28 anos. “Dos 73 mortos, 72 eram do povo guarani-kaiowá”.

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