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Interior

Procuradoria cria grupo especial para investigar execução de advogada

Três fiscais, como promotores são chamados no Paraguai, foram designados da capital para atuarem na fronteira com MS

Helio de Freitas, de Dourados | 15/11/2018 09:36
Momento em que pistoleiro atira em advogada, na noite de segunda-feira (Foto: Reprodução)
Momento em que pistoleiro atira em advogada, na noite de segunda-feira (Foto: Reprodução)

A Procuradoria Geral de Justiça do Paraguai criou uma força-tarefa para conduzir as investigações sobre o assassinato da advogada Laura Marcela Casuso, 54, ocorrido segunda-feira (12) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Temendo influência do crime organizado sobre autoridades locais, o que poderia comprometer a apuração, os três promotores que vão chefiar as investigações são de Assunción, capital do Paraguai.

Os promotores Hugo Volpe, Alicia Sapriza e Marcelo Pecci foram designados para integrar o grupo que atua no caso. A promotora de Pedro Juan Caballero, Sandra Díaz, foi a única agente do Departamento de Amambay mantida nas investigações, mas ela vai atuar como coadjuvante.

Defensora de barões da droga, como os brasileiros Jarvis Gimenes Pavão e Fernando Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, Laura era conhecida por confrontar autoridades paraguaias, a quem acusava de receber propina do crime organizado.

Laura foi alvejada por dez tiros de pistola 9 milímetros ao deixar uma reunião de mulheres maçônicas no bairro Maria Victoria, a 400 metros do território brasileiro. Os pistoleiros estavam em uma Toyota Hilux preta.

Com ferimentos no peito e no abdômen, que atingiram o pâncreas, o intestino e um dos rins, a advogada chegou a ser levada para o hospital regional e depois transferida para uma clínica particular, onde passou por cirurgia, mas não resistiu.

Ontem (14), o jornal ABC Color divulgou áudios de conversas de Laura com uma jornalista do diário e com outras pessoas em que a advogada faz sérias denúncias contra autoridades políticas do país.

Os alvos das acusações são o comissário Abel Cañete, um dos chefes da Polícia Nacional, a ministra da Senabico (secretaria nacional que cuida de bens apreendidos) Karina Gómez Narváez, o ex-ministro da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) Luis Rojas e o advogado Horacio Galeano Perrone.

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