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Interior

Professores protestam na prefeitura e fazem “grito dos excluídos” na quinta

Em greve parcial há duas semanas, professores fizeram assembleia hoje, mas não houve votação sobre a paralisação, já que prefeitura não apresentou nova proposta de negociação

Helio de Freitas, de Dourados | 05/09/2017 10:15
Professores durante protesto em frente à sede da prefeitura (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
Professores durante protesto em frente à sede da prefeitura (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

Professores e servidores administrativos da Rede Municipal de Ensino de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, protestam na manhã desta terça-feira (5) em frente à sede da prefeitura, na Rua Coronel Ponciano. Com faixas e cartazes, eles reclamam da falta de reajuste dos salários, principal motivo da paralisação parcial.

Em apoio à greve, algumas escolas municipais dispensaram os alunos no período matutino e à tarde haverá aula apenas até por volta de 15h. Outras escolas, no entanto, estão com aula em período integral.

Por causa de uma liminar do desembargador Carlos Eduardo Contar, do Tribunal de Justiça de MS, que determina 66% dos educadores trabalhando, o sindicato que representa os servidores decidiu reduzir o tempo de aula.

Entretanto, na semana passada, após reclamação da prefeitura, Carlos Contar aplicou multa diária de R$ 50 mil ao Simted por descumprir a determinação anterior. O sindicato recorreu para tentar derrubar a multa.

De acordo com Simted, além da manifestação desta terça em frente à prefeitura, os grevistas vão fazer o “Grito dos Excluídos” durante o desfile da Independência, na quinta-feira (7). “Estamos fazendo movimentos com mais visibilidade sobre nossas reivindicações”, afirmou Gleice Barbosa, presidente do Simted.

Os professores reivindicam 7,64% de reajuste do piso do magistério e os servidores administrativos cobram reposição dos salários, congelados há três anos. A prefeitura afirma que não tem dinheiro para dar o aumento neste ano e alega que a prioridade é pagar os salários em dia.

Como a adesão à greve é parcial, o sindicato pede que os pais de alunos procurem as escolas para saber os horários de início e término das aulas. “Algumas escolas estão trabalhando. A greve nunca é total, sempre houve atendimento à população. Várias escolas estão fazendo reuniões com os pais, para esclarecer”, disse Gleice Barbosa.

Dourados tem 45 escolas e 36 centros de educação infantil municipal, onde estudam pelo menos 30 mil alunos. São quatro mil servidores na educação, entre professores e administrativos.

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