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Interior

Representantes da ONU vêm a MS discutir situação de refugiados no Brasil

Seminário realizado na UFGD terá três dias de palestras e conferências; professor diz que país tem oito mil refugiados e 15 mil pedidos para serem analisados

Helio de Freitas, de Dourados | 05/10/2015 10:58
O professor César Augusto Silva, organizador do seminário sobre refugiados (Foto: Eliel Oliveira)
O professor César Augusto Silva, organizador do seminário sobre refugiados (Foto: Eliel Oliveira)

Representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) participam nesta semana em Dourados, a 233 km de Campo Grande, do 6° Seminário Nacional da Cátedra Sérgio Vieira de Mello com o tema “Refugiados e as fronteiras brasileiras”. Pela primeira vez o evento é realizado no Centro-Oeste do país.

De quarta-feira (7) até sexta (9), acontecem palestras, conferências, workshops e oficinas no prédio da reitoria e na Faculdade de direito da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). O seminário terá participação de estudantes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e da UFGD e equipes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O oficial de Proteção da ONU para Refugiados no Brasil, Gabriel Gualano de Godoy, fará a palestra de abertura, na quarta-feira à noite, no auditório da reitoria.

15 mil na fila – O professor César Augusto Silva, organizador do evento em Dourados, afirma que dados do governo federal revelam a presença de oito mil refugiados atualmente no Brasil e outros 15 mil pedidos de refúgio sendo analisados pelo Conare (Comitê Nacional Para os Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça

Segundo ele, durante o seminário em Dourados o Ipea vai divulgar os dados relacionados aos refugiados no país. Atualmente, além dos pedidos de cidadãos da Síria, que provocam migração em massa para países da Europa, o Brasil também recebe pedidos de refúgio de moradores da América do Sul, principalmente da Colômbia.

Contribuição - César Augusto Silva, que desenvolveu trabalhos de pesquisa relacionados ao tema, diz que ao contrário de que muitas pessoas pensam, os refugiados podem contribuir para a economia do país e desenvolvimento do país.

“Os árabes, por exemplo, estão cada vez mais inseridos no mercado de trabalho, como professores de idioma nativo e nas indústrias. Como o Brasil exporta carne para países árabes, lá eles só compram carne cortada respeitando o que está escrito no Alcorão. Que brasileiro sabe disso?”, afirma o professor. Segundo ele, o Brasil não tem tradição de deportar refugiados, o que ajuda atrair migrantes de nações em conflito.

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