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Interior

Rio Paraguai atinge nível "zero" em Ladário, o que pode prejudicar navegação

Nessas condições, é preciso ter mais cuidado e cautela ao navegar, já que bancos de areia já são visíveis em alguns locais

Lucia Morel | 30/09/2020 18:20
Redução do nível do rio implica em restrições de navegação. (Foto: Governo de MS)
Redução do nível do rio implica em restrições de navegação. (Foto: Governo de MS)

Nesta terça-feira de recorde de maiores temperaturas máximas em Mato Grosso do Sul, o nível do Rio Paraguai chegou à marca “zero”. Isso significa maiores cuidados para navegação e indica uma estiagem severa. Chuva de 9 milímetros registrada em 22 de setembro não foi capaz de alterar o declínio da altura do rio, que é a menor em 50 anos.

O tenente Rodrigo Fernando Queiroz de Oliveira, da Marinha do Brasil em Ladário, explica que o marco “zero” do rio não significa que o local está inavegável, mas que é necessário maiores cuidados na navegação. Ele afirma, por exemplo, que todos que forem navegar pelo rio, precisam da Carta Náutica, que indica as previsões de profundidade e trechos mais ou menos navegáveis.

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Segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas), pelo Mapa das Secas, monitoramento que acompanha os níveis de estiagem, a região norte e oeste do Estado, onde está localizado o Pantanal sul-matogrossense, há seca grave.

Tal situação é alerta porque pode ocasionar “perdas de cultura ou pastagens prováveis; escassez de água comuns; restrições de água impostas”. A região é abastecida pelo rio e tem uma população de 135,7 mil habitantes.

Em relação à navegabilidade, em junho deste ano, já havia problemas e o nível do Rio Paraguai estava maior. Na ocasião, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) informou que devido o baixo nível, “as barcaças que normalmente estariam operando com 100% da carga, reduziram em um terço e até metade da capacidade. Isso altera a competitividade do frete, precisa muito mais barcaças para levar a mesma carga que demandaria num período normal.”

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