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Interior

São crimes complexos, diz delegado sobre mortes de empresários de turismo

Helio de Freitas, de Dourados | 24/11/2016 14:39
Familiares de empresários mortos em Dourados protestaram em frente ao Ministério Público (Foto: Sidnei Bronka/94 FM)
Familiares de empresários mortos em Dourados protestaram em frente ao Ministério Público (Foto: Sidnei Bronka/94 FM)

O delegado regional de Polícia Civil Lupersio Degerone Lucio considerou “crimes complexos” as execuções de três empresários de transporte de turismo e de um motorista de van, ocorridas em 14 meses em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Nesta quinta-feira (24), amigos e familiares das vítimas fizeram um protesto na cidade, para cobrar da polícia e do Ministério Público a prisão dos criminosos.

“A polícia está trabalhando nos casos. A cobrança que justifica é quando não há por parte da polícia o empenho, o comprometimento, a ação policial. No caso, há esse empenho. São crimes complexos, sem testemunhas, em que diversos parentes das vítimas nada trazem de relevância sobre particularidades da vida delas, para o esclarecimento”, afirmou o delegado ao Campo Grande News.

“O ideal é o resultado, mas não se pode cobrar a falta dele quando a polícia está fazendo a sua parte, ininterruptamente”, completou o policial, sem revelar detalhes das investigações. Até agora, nenhum suspeito foi indiciado pelas mortes, todas com características de terem sido praticadas por pistoleiros.

Famílias cobram resultados – Familiares das vítimas que marcharam pelas ruas de Dourados hoje e foram ao Ministério Público reclamam da lentidão da polícia em apresentar resultados, enquanto as mortes continuam.

“O nossa família deseja e que o Ministério Público Estadual assuma o caso, já que não tivemos nenhuma resposta até agora. Já são quatro assassinatos e nada. Fizemos a manifestação para pedir providências. Quantas mortes terão que acontecer? Existe uma insegurança muito grande por parte das famílias. Meu primo era um homem honesto, trabalhador, que morreu sem direito à defesa e deixou uma filha de 5 anos”, afirmou uma das organizadoras do protesto, que por medida de segurança pediu para não ter o nome divulgado.

"Pedimos justiça, porque as famílias estão desamparadas. Meu marido foi morto pelas costas, sem direito de se defender”, disse a mulher de um dos empresários mortos.

As mortes – Na manhã do dia 15, feriado de proclamação da República, o empresário Osvaldo Francisco da Silva, 58, foi morto por pistoleiros na sede da sua empresa, localizada na Rua Toshinobu Katayama, entre Joaquim Teixeira Alves e Onofre Pereira de Matos, na área central. Osvaldo levou seis tiros de pistola calibre 40 – dois na cabeça, um nas costas, um no pescoço e dois no braço e mão direita.

Em fevereiro deste ano, José Edilson de Morais, 40, proprietário de outra empresa de transporte de turismo, foi morto ao chegar em casa, na rua Natal, na Vila Industrial. O bandido, encapuzado aproveitou a abertura do portão eletrônico para entrar no quintal e executar o empresário.

Em 6 de outubro de 2015, o motorista Alexander Oliveira Silva, 21 anos, morador no bairro Parque Nova Dourados, foi executado a tiros de pistola calibre 7.65 ao transportar funcionários de um hospital, no bairro Terra Roxa.

Antes, em 24 de setembro, Toni Ednaldo dos Santos, 40, conhecido como Toni da Van, foi morto com disparos feitos por arma do mesmo calibre usado na morte de Alexander. Ele conversava com um amigo na sala de sua casa quando o pistoleiro chegou e o matou.

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