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Interior

Sem principal acusado, Paraguai reconstitui execução de Jorge Rafaat

Brasileiro acusado de manusear metralhadora usada para matar chefão do narcotráfico está preso em Assunção

Helio de Freitas, de Dourados | 25/08/2016 08:02
Reconstituição da morte de Jorge Rafaat foi feita ontem em Pedro Juan Caballero (Foto: Última Hora)
Reconstituição da morte de Jorge Rafaat foi feita ontem em Pedro Juan Caballero (Foto: Última Hora)

A pedido dos advogados de defesa, o Ministério Público do Paraguai fez ontem à tarde a reconstituição da execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, ocorrida no dia 15 de junho deste ano em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

O brasileiro Sérgio de Lima dos Santos, que está preso na penitenciária de Assunção, acusado de ter manuseado a metralhadora usada para perfurar a blindagem do carro de Rafaat, foi notificado sobre a reconstituição, mas enviou apenas seu advogado.

A promotora Camila Rojas acompanhou a reconstituição, feita no cruzamento das ruas Tenente Herrero e Elisa Lynch, no bairro San Gerardo, área central de Pedro Juan Caballero. Nesse local, por volta de 19h do dia 15 de junho, dezenas de pistoleiros cercaram o comboio que dava segurança ao narcotraficante e Rafaat foi morto a tiros de metralhadora.

Sergio dos Santos foi ferido no rosto por um dos seguranças de Rafaat e abandonado em uma clínica particular na cidade e depois levado por um advogado para um hospital na região metropolitana de Assunção, onde foi preso.

Segundo a promotora, a diligência desta quarta-feira serviu para tirar dúvidas nos depoimentos de oito seguranças armados de Rafaat que faziam a escolta e 12 policiais, que trocaram tiros com os guardas do narcotraficante. Os seguranças estão presos em Pedro Juan.

O juiz Edgar Ramirez, que concedeu o pedido da defesa para a reconstituição, explicou a ausência de Sérgio de Lima dos Santos. “É difícil trazer Sergio de Lima, porque precisa montar uma grande estrutura de segurança”, afirmou ele ao jornal Última Hora.

O juiz também considerou “muito arriscado” expor o principal acusado da maior execução dos últimos tempos na fronteira.

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