SES articula ala exclusiva para atender indígenas no Hospital Universitário
Espaço na casa de saúde da UFGD deve contar com leitos clínicos e de UTI
Em transmissão ao vivo na manhã desta quinta-feira (4), o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, disse que articula com a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) a reserva de uma ala do Hospital Universitário apenas para atendimento a casos de indígenas com novo coronavírus.
De acordo com o secretário, o espaço serviria a população indígena de todo o Estado, não somente de Dourados e região. Se concretizada, a ala deve contar com leitos clínicos e também de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para casos graves da doença.
Dourados é, hoje, o epicentro da covid-19 em Mato Grosso do Sul, com 419 casos confirmados (21,8% dos 1.925 no Estado). A população indígena da região, concentrada nas aldeias Jaguapiru e Bororó, é de 18 mil pessoas.
Caarapó, com 7 mil indígenas na aldeia Te'Ýikue, também desperta preocupação. Dois guarani-kaiowá que trabalham no plantio de cana-de-açúcar da sucroalcooleira Raízen estão contaminados.
No Estado, segundo a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), vivem 80 mil indígenas. A entidade confirmou 75 casos de novo coronavírus entre indígenas sul-mato-grossenses até agora.