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Interior

Sesai manda equipe para aldeia após índios bloquearem rodovia por água

De Dourados | 01/12/2016 10:42
MS-386 foi interditada ontem em Amambai (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
MS-386 foi interditada ontem em Amambai (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Índios reclamam da falta de água (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Índios reclamam da falta de água (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)

Uma equipe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) chega nesta quinta-feira (1º) a aldeia de Amambai, município a 360 km de Campo Grande, para tentar reativar o abastecimento de água do local, onde moram pelo menos nove mil índios guarani-kaiowá.

Em protesto contra o desabastecimento, que já dura 20 dias, os índios bloquearam ontem a MS-386, que liga Amambai a Ponta Porã. O protesto durou a tarde toda e foi encerrado no início da noite após a Sesai prometer tomar providências para acabar com a falta de água.

De acordo com o site A Gazeta News, o desabastecimento começou no dia 11 de novembro, quando a bomba de um dos três poços artesianos da aldeia apresentou problema e deixou 30% dos moradores sem água.

Devido à falta de água, pelo menos 70 alunos do ensino fundamental da comunidade “Sertãozinho” estão sendo liberados mais cedo das aulas.

O coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) em Mato Grosso do Sul, Edemilson Canale, que esteve ontem em Amambai, informou ao Gazeta News que uma equipe voltaria hoje à aldeia para retirar a bomba que estragou e instalar a outra, que já está no local.

Segundo ele, levantamentos preliminares mostram que não houve desmoronamento do poço. Entretanto, se o poço não puder mais ser usado a solução vai demorar um pouco mais para perfurar outro.

“Mesmo com dispensa de licitação, tendo em vista de se tratar de uma situação emergencial, teremos que adotar todas as medidas administrativas necessárias e remeter a Brasília para a aprovação e liberação do recurso, fato que pode demorar, tendo em vista o período de recesso de final de ano”, disse Canale.

Como medida paliativa, a Sesai vai ligar a rede sem água nos outros poços da aldeia, o que pode garantir abastecimento a pelo menos 80% dos índios afetados. Entretanto, para não ocorrer falta de água, todos terão de racionar o consumo.

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