Sexto envolvido em sequestro e tortura de suspeito de estuprar criança é preso

Joilson Junior Gonçalves Soares, conhecido como "Dentinho", 19 anos, foi preso na noite desta terça-feira (14), durante uma ação coordenada entre as polícias Civis e Rodoviária Federal. Ele é o sexto envolvido no sequestro e tortura durante “tribunal do crime”, em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande.

O caso acontece no fim de semana, entre sábado (11) e domingo (12). Um homem de 40 anos, acusado de ter estuprado uma criança, foi sequestrado, torturado e mantido em cárcere privado pelos membros da facção criminosa para ser julgado. Mas acabou sendo resgatado pela polícia antes de ser sentenciado.

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No dia, cinco envolvidos no crime foram presos pela polícia, apenas Joilson não havia sido encontrado e acabou sendo preso na noite de ontem. Ele é quem aparece no vídeo que circulou pelas redes sociais e seria um dos três adolescentes que fugiram da Unei (Unidade Educacional de Internação) Pantanal em 2019.

Segundo o site Diário Corumbaense, “Dentinho” foi preso abordado no posto de fiscalização de Terenos, pela PRF, após a Polícia Civil conseguir a informação de que ele estaria fugindo para Campo Grande em um carro de aplicativo. Em seguida, ele foi encaminhado para Corumbá onde o caso é investigado.

 Crime - Conforme informação policial, o homem foi até uma residência do Bairro Universitário, onde combinou programa sexual com uma mulher. Na casa, estavam duas adultas e uma criança, momento em que uma das mulheres saiu e quando retornou, afirmou ter encontrado sua filha chorando no colo da colega, que era quem faria o programa. A criança teria dito que o homem mostrou o órgão genital a ela.

 A mulher que estava com a criança saiu do local por alguns instantes, então, a mãe da criança, que usava tornozeleira eletrônica, e Joilson Junior Gonçalves Soares, vulgo "Dentinho", iniciaram as agressões contra o suspeito do abuso. Ele foi espancado com um socador de alho, facadas, socos e chutes. Depois, através de um motorista de aplicativo, foi levado para outro local, no Bairro Guatós, onde seria "julgado".

 Toda a agressão foi filmada e o vídeo chegou até o coordenador da empresa onde o suposto estuprador trabalhava. Ao ver as imagens, ele acionou a polícia. Como uma das mulheres usava tornozeleira e aparecia no vídeo, a Polícia Militar, com apoio da Polícia Penal, conseguiu localizar o local onde o grupo estava.