ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEGUNDA  20    CAMPO GRANDE 18º

Interior

Três Lagoas enfrenta escassez de medicamentos em unidades de saúde

Secretaria de Saúde aponta que antibióticos, antidepressivos e remédios de hipertensão estão em falta

Mylena Fraiha | 29/05/2023 18:45
Estoque de remédios da rede municipal de Saúde de Três Lagoas (Foto: Divulgação)
Estoque de remédios da rede municipal de Saúde de Três Lagoas (Foto: Divulgação)

Rede de saúde pública de Três Lagoas, a 327 km da Capital, tem sofrido com a falta de remédios nas USFs (Unidades de Saúde da Família) do município. Entre as medicações em falta estão antibióticos, antidepressivos e medicações para tratamento de hipertensão e ansiedade.

Segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), os medicamentos afetados pela escassez são: Amoxicilina, Azitromicina, Metildopa, Nitrofurantoína, Ácido Valpróico, Carbonato de Cálcio, Dexclorfeniramina, Rivaroxabana 20 mg, Topiramato, Trazodona, Pregabalina, Alprazolam, Escitalopram, Rosuvastatina 10mg, Metilfenidato, risperidona, Aripiprazol e Divalproato de sódio.

Em nota publicada na última sexta-feira (26), a SMS explicou que entre os principais fatores para o desabastecimento está a desistência das empresas vencedoras das licitações, que alegam valores defasados dos produtos. “Em outros casos desclassificação das empresas vitoriosas e licitações fracassadas, devido, por exemplo, pela falta de fornecedores interessados em participar”, explica trecho.

Conforme a SMS, além da escassez das medicações na rede municipal, as redes de farmácias também têm sofrido com a falta dos remédios. Além disso, a secretaria aponta que o desabastecimento não é exclusivo de Três Lagoas, pois diversas cidades do Estado e do País também estão enfrentando a mesma dificuldade.

No caso de o município efetuar compras acima do preço estabelecido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil, a prefeitura é notificada pelo Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul e poderá responder judicialmente.

A secretária da SMS, Elaine Furio, destacou que o município está em processo de compra emergencial dos medicamentos mencionados e busca diversas formas e estratégias em todas as esferas para adquiri-los.

Fornecimento - Em nota, a Prefeitura de Três Lagoas, por meio da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), explicou que os medicamentos pactuados são adquiridos pelo município com recursos próprios, enquanto os não pactuados são fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Desde 2017, a SMS afirma que tem beneficiado a população ao oferecer medicamentos e fórmulas que não fazem parte da lista obrigatória do SUS (Sistema Único de Saúde). Para este ano, o orçamento da Saúde prevê um investimento de R$ 7.667.026,70 em medicamentos pactuados, R$ 5.079.000,00 em fórmulas e R$ 7.703.000,00 em medicamentos não pactuados.

Nos siga no Google Notícias