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Interior

Um ano e meio depois, médico fala sobre morte de paciente após cirurgia

Gustavo Sacchi diz que laudos confirmam que homem de 25 anos não morreu em decorrência da cirurgia no tornozelo, como denunciou a família, em setembro de 2015

Helio de Freitas, de Dourados | 26/04/2017 16:56

No dia 10 de setembro de 2015, Rafael Luiz Gust Gund, 25, morador em Maracaju, morreu em um hospital particular de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, 15 horas depois de passar por uma cirurgia por causa de uma fratura no tornozelo.

O caso foi denunciado à Polícia Civil como suspeita de erro médico, já que familiares da vítima afirmaram que o paciente tinha medicado sem estar em jejum.

Dezenove meses após a morte, o ortopedista que fez a cirurgia, Gustavo Sacchi, se pronunciou sobre o caso. Em “nota de esclarecimento” encaminhada ao Campo Grande News, ele afirma ter ficado comprovado que a morte não tem ligação com o procedimento. Sacchi afirma também que as denúncias contra ele foram “sumariamente arquivadas”.

“O paciente foi submetido à anestesia raquimedular sem sedação a fim de mantê-lo acordado durante todo o procedimento. Cumpre assinalar que tanto pela prática cirúrgica quanto pelo embasamento dado pela literatura médica, tal procedimento dispensa o jejum intermitente”, afirma o médico.

Gustavo Sacchi diz que a cirurgia foi realizada com sucesso e o paciente encaminhado lúcido e consciente para sala de recuperação. “O óbito se deu aproximadamente 10 horas após a cirurgia, não caracterizando como causa mortis o procedimento sofrido em si, muito menos a falta de jejum como aventado, e sim Tromboembolia Pulmonar decorrente de Tromboembolismo Venoso Profundo, confirmado pela expedição do laudo do Instituto Médico Legal”, diz o profissional.

Sacchi lembra que após a morte foi lavrado Boletim de Ocorrência na polícia e instaurada sindicância pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) de Mato Grosso do Sul.

“Após esclarecimentos, comprovados através de documentações, como exames, relatórios e em especial o prontuário médico, os feitos foram sumariamente arquivados por não haver quaisquer indícios de infrações ou delitos ético-procedimentais cometidos no atendimento prestado”, afirma a nota de esclarecimento.

A nota conclui: “A fatalidade do caso em apreço se dera devido à insuficiência respiratória decorrente de embolia pulmonar por tromboembolismo profundo, nada ter a ver com atendimento cirúrgico prestado pelo mencionado médico, sendo este eximido de qualquer responsabilidade pela intempérie em questão”.

Inquérito – A Polícia Civil informou que o inquérito sobre a morte foi relatado em 2 de dezembro de 2015. O delegado responsável pela investigação, Marcelo Batistela Damasceno, não indiciou o médico, por concluir que a morte ocorreu por “tromboembolismo pulmonar, complicação inerente à cirurgia, inesperada e incontrolável”.

Já o CRM informou, por meio da assessoria de imprensa, que a sindicância sobre o caso ainda não foi concluída.

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