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Interior

Um mês após ação contra cartel do gás, 2 empresários continuam presos

Onze comerciantes de Dourados, Nova Andradina e Campo Grande se tornaram réus nesta semana por cartelização

Helio de Freitas, de Dourados | 27/04/2018 09:43
Operação contra o cartel do gás de cozinha faz um mês hoje e dois empresários continuam presos (Foto: Arquivo)
Operação contra o cartel do gás de cozinha faz um mês hoje e dois empresários continuam presos (Foto: Arquivo)

Nesta sexta-feira (27) faz um mês que a Promotoria de Justiça em Dourados e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadearam a Operação "Laisse Faire", para combater o cartel de gás de cozinha na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Dois dos oito empresários presos naquele dia permanecem atrás das grades: Rubens Pretti Filho e Mauro Victol, apontados pelo Ministério Público como os mais atuantes no cartel e que recorriam a ameaças até sob a mira de armas para impor as regras do esquema aos demais comerciantes do setor. No dia da operação, os dois foram flagrados também por porte ilegal de arma.

Nesta semana, o desembargador Manoel Mendes Carli, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, negou habeas corpus a Rubens Pretti Filho.

Ele rejeitou os argumentos da defesa, de que a prisão representa constrangimento ilegal. O advogado alegou também que Rubens Pretti Filho, de 51 anos, tem problemas cardíacos, toma remédios controlados e a superlotação da penitenciária local agrava seu quadro de saúde.

No dia 16 deste mês, Mendes Carli já havia negado habeas corpus a Mauro Victol, que atualmente cumpre sete anos de prisão em regime semiaberto por matar um revendedor de gás em 2016.

Réus – Nesta semana, o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Luiz Alberto de Moura Filho aceitou a denúncia do Ministério Público Sul e transformou em réus os 11 comerciantes acusados de montar o cartel para controlar a venda e o preço do gás de cozinha em várias cidades do interior.

Além de Rubens Pretti Filho e Mauro Victol, se tornaram réus por crime contra a ordem econômica, cartelização de preços e organização criminosa Márcio Sadão Kushida, Edvaldo Romera de Souza, César Meirelles Paiva, Gregório Artidor Linné, Josemar Evangelista Machado, Daiane Lazzaretti Souza, Rogério dos Santos de Almeida, Diovannna Rossetti Pereira e Hamilton de Carvalho Rocha.

Diovana Pereira é gerente da distribuidora Copagaz em Campo Grande e Hamilton de Carvalho Rocha é gerente da distribuidora da Ultragaz, também na Capital. Rogério Almeida é dono de uma distribuidora de gás de Nova Andradina. Os outros nove réus são de Dourados.

O juiz também autorizou o compartilhamento das provas levantadas nas investigações para que os dados sejam encaminhados para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), ANP (Agência Nacional do Petróleo) e ao Procon de Dourados, para instauração de procedimentos administrativos.

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