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Interior

Unei é acusada de espancar adolescente que morreu em Dourados

Viviane Oliveira | 02/08/2011 15:52

O adolescente morreu na madrugada do último domingo

Mãe acusa a Unei de maus tratos. (Foto: Sérgio Quinhones)
Mãe acusa a Unei de maus tratos. (Foto: Sérgio Quinhones)

Rosana Carolina Freire Viana, 33 anos, mãe do interno Elieverton Freire Viana, 16 anos, que morreu na madrugada do último domingo (31) no Hospital da Vida, acusa a Unei (Unidade Educacional de Internação) Laranja Doce, em Dourados, de espancar seu filho.

Na certidão de óbito consta que o garoto morreu pela ruptura do baço, trauma abdominal e hemorragia. A mãe disse que vai entrar na Justiça contra o Estado para responsabilizá-lo pela morte do filho que estava sob sua responsabilidade.

O adolescente estava na Unei desde março desse ano pela prática de assalto a mão armada. Rosana conta que entregou o filho com saúde, e eles devolveram dentro de um caixão. “Ele estava bem, seja o que for a causa da morte dele, o responsável é o Estado”.

Segundo Rosana, o garoto foi espancado dentro da Unidade. “É o que consta na certidão de óbito dele”, disse Rosana.

Segundo ela, o órgão não informou que o filho estava doente e que só ficou sabendo por causa de uma vizinha, que estava com um parente interando no Hospital da vida.

“Fui visitá-lo na sexta-feira, mas a internação foi na quarta. Perguntei se alguém tinha feito mal a ele, então ele olhou para o lado onde estava um agente e não disse nada.

O diretor da Unei Odenir Alves de Souza, disse que o adolescente recebeu toda assistência necessária desde o memento que apresentou problemas de saúde.

Odenir suspeita de que tenha havido negligência médica, por parte do profissional que atendeu o adolescente. “De forma alguma ele deveria ter recebido alta, ele retornou para a Unei pior do que estava”.

Conforme ele, o médico foi questionado pela nossa enfermeira sobre a saúde do adolescente. "Ele disse que ia aplicar um medicamento e se fosse para ficar tomando soro no hospital era melhor voltar para a Unei", disse o diretor.

O quadro do garoto piorou e foi internado na madrugada de domingo. O adolescente foi direto para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). "É um absurdo enorme isso, o médico disse no começo que o garoto não tinha nada e agora vem dizer que ele estava com hematomas", declara o diretor.

Conforme ele, ainda não recebeu o laudo oficial do IML (Instituto Médico Legal) e nem a cópia da certidão de óbito que apontam as reais causas da morte. “Tudo está ainda em processo de apuração, o que eu posso garantir é que toda a assistência foi prestada ao adolescente.

O diretor conta que a unidade recebe a visita do Ministério Público e da defensoria pública toda semana e do juizado da infância a adolescência pelo menos uma vez por mês. Eles verificam se há alguma irregularidade dentro da Unei.

Afastamento – Atualmente existem dez agentes afastados da Unidade masculina, respondendo processo criminal, a maioria por maus tratos. “A gente leva a fama de torturador, mas tem funcionário que extrapola. Estes já estão sendo punidos”, afirma Odenir.

O coordenador das unidades, coronel Hilton Vilassanti, disse que recebeu a informação que o adolescente estava internado, recebeu alta, passou mal e foi levado novamente para o hospital, onde morreu.

Segundo o coordenador, até o momento não foi registrado nenhuma denúncia de que o interno morreu por conta de agressão ou qualquer outra coisa. “Nós não nos omitiremos diante desse fato e vamos procurar saber quem é o responsável e se caso houver este será responsabilizado”, finaliza o coronel. (Com informações do site Dourados Agora)

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