ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Vereador é suspeito de hipotecar terreno que vendeu por R$ 140 mil

Ricardo Campos Jr. | 30/12/2016 10:16
Vereador suspeito de usar terreno vendido como garantia em empréstimo (Foto: reprodução / Facebook)
Vereador suspeito de usar terreno vendido como garantia em empréstimo (Foto: reprodução / Facebook)

O vereador de Bonito Edvalto Rebeque Pereira (PTC) e a esposa dele, Chris Aparecida Teixeira Vasques, são suspeitos de fazer um empréstimo bancário dando como garantia um terreno que haviam vendido dez meses antes. A vítima é uma mulher de 52 anos que comprou o lote do parlamentar e pagou para regularizar o imóvel junto à prefeitura.

Ela registrou um boletim de ocorrência nessa quinta-feira (29). O Campo Grande News teve acesso ao documento com exclusividade, onde consta que a mulher descobriu sobre a hipoteca ao efetivar o contrato de compra e venda e dar entrada no processo de transferência.

O documento, embora estivesse assinado e com firmas reconhecidas em cartório desde fevereiro, ainda não havia sido protocolado porque a vítima queria financiar a construção de um imóvel no local e para isso era necessário o habite-se, que inclui avaliações por engenheiros e apresentação de plantas e projetos.

Conforme o boletim de ocorrência, o terreno foi vendido por R$ 140 mil, de modo que a compradora pagou R$ 120 mil no ato da compra e repassaria os R$ 20 mil restantes no ato da transferência justamente porque o vereador estava ciente da necessidade da regularização da área para que a vítima pudesse iniciar a obra.

Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, Pereira chegou a assinar um recibo, que comprova o pagamento da quantia.

Entretanto, aproveitando que o lote continuava em seu nome, o parlamentar, junto com a esposa, o usou como garantia para obter R$ 181.219,61 junto ao banco Sicredi, segundo consta no registro. A Polícia Civil ainda vai apurar o caso, qualificado como estelionato.

A vítima sente-se insegura em prosseguir com a obra, já que se o empréstimo não for pago, o bem pode ir a leilão para quitar a dívida.

O Campo Grande News tentou contato com o vereador, mas ele não atendeu às ligações.

Nos siga no Google Notícias