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Interior

Vídeo mostra confusão entre Força Nacional e indígenas em área disputada

Nas imagens é possível escutar barulho de tiro de bala de borracha; justificativa seria evitar confusão em propriedade

Liniker Ribeiro | 31/01/2020 17:50
Equipes da Força Nacional em local ocupado por indígenas, em Dourados (Foto: Reprodução)
Equipes da Força Nacional em local ocupado por indígenas, em Dourados (Foto: Reprodução)

Imagens que circulam na internet mostram confusão envolvendo agentes da Força Nacional e indígenas Guarani Kaiowá, na última quarta-feira (29). De um lado, indígenas afirmam que tiros foram disparados contra o grupo. Do outro, a justificativa é de que produtores rurais teriam sido atacados e que o uso de balas de elastômero seria para impedir conflito entre os grupos.

Nas imagens enviadas ao Campo Grande News é possível escutar o barulho dos disparos. Balas de borracha são atiradas De longe, Com a atitude, muitos indígenas se escondem e se afastam. A pessoa que grava chega a pedir para que não atirem. "Pensei que vocês estavam a favor dos indígenas e vocês estão atirando? O que é isso?", questiona a mulher.

Em outro momento, um homem chega a pedir para que os agentes deixem o local. Acusa a equipe de estar ao lado apenas dos produtores.

A reportagem entrou em contato com o comandante da Polícia Militar em Dourados, o tenente-coronel Carlos Silva, que rebateu o posicionamento dos indígenas. "A força está no local para fazer que a lei seja cumprida, proteger os direitos dos indígenas e do produtor rural", garantiu.

Ainda segundo o comandante, a confusão teria começado após produtores tentarem trabalhar em uma área próximo ao ponto onde os indígenas estão. "Houve solicitação para que ela [equipe da Força Nacional] evitasse conflito onde o proprietário é vizinho dessa situação e o proprietário está querendo plantar", justificou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Força Nacional para pedir esclarecimentos sobre o ocorrido e aguarda retorno. Também tentou contato com representantes do Conselho Indigenista Missionário, mas as ligações não foram atendidas.

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