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Interior

Zootecnista que filmava colegas no banheiro é demitido da prefeitura

Situação foi descoberta pela polícia no fim de julho; servidor postava vídeos em site pornográfico

Nyelder Rodrigues | 15/09/2021 11:51
Prefeitura de Paraíso das Águas, onde zootecnista era lotado e foi demitido nesta quarta-feira. (Foto: Fernando Britto/OCorreioNews)
Prefeitura de Paraíso das Águas, onde zootecnista era lotado e foi demitido nesta quarta-feira. (Foto: Fernando Britto/OCorreioNews)

O zootecnista da prefeitura de Paraíso das Águas - cidade localizada a 277 km de Campo Grande - acusado de filmar colegas no banheiro e postar em site pornográfico as imagens obtidas, foi demitido nesta quarta-feira (15), do cargo que ocupava no município. Ele já estava suspenso há dois meses.

Guilherme Augusto Sapaterro era servidor lotado na Sedemat (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo) como zootecnista efetivo, com carreira já em Classe B e Nível IX. Ele estava na prefeitura desde 2014.

O servidor manteve por mais de dois anos, gravações de colegas de trabalho que usavam o banheiro da unidade. Era ele também quem editava os vídeos e publicava no site de pornografia XVideos, onde mantinha um perfil ativo.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o suspeito tinha alvos preferenciais e selecionava as imagens que divulgava na internet. Guilherme se formou em 2009 e, em 2012, concluiu o mestrado em universidade de Mato Grosso do Sul.

Os primeiros registros de imagens feitos pelo servidor foram encontrados pela polícia, em abril de 2019. O caso, no entanto, só chegou à delegacia recentemente, depois que uma psicóloga de Goiás, que esteve no município para participar de um curso no ano passado, descobriu que existem vídeos íntimos na internet.

Ela denunciou o caso e as investigações começaram. No perfil usado para espalhar as imagens da vítima, os policiais sul-mato-grossense encontraram vídeos de outras quatro mulheres, todos gravados no mesmo banheiro, em ângulos diferentes.

Câmera escondida - A primeira suspeita era de que o autor usava uma pequena câmera espiã para cometer os crimes. Com mandados de busca e apreensão em mãos, no entanto, os policiais civis da cidade, com apoio das equipes de Chapadão do Sul, descobriram um sistema "rústico", criado pelo próprio zootecnista.

Ele usava buchas simples de lavar louça adaptadas como capas para o celular. Essas buchas usadas para camuflar o celular, ficavam guardadas na gaveta da mesa em que sentava na secretaria. Todas foram apreendidas pela polícia. Vídeos originais e editados foram entrados no HD do suspeito.

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