Investigação do MPT resultou em prisão de sindicalistas
A prisão de sete sindicalistas do setor construção civil de Mato Grosso do Sul pela Polícia Federal, na sexta-feira passada, foi motivada por uma investigação do MPT (Ministério Público do Trabalho). A apuração faz parte de processo na Justiça do Trabalho que envolve uma briga pelo comando da entidade.
Na ação, o resultado das últimas eleições da Federação é questionado e em meio ao debate jurídico, surgiram denúncias de desvio de recursos e de divisão de valores entre dirigentes dos sindicatos ligados à federação.
Por causa de uma denúncia recebida na semana passada, informando que haveria uma reunião onde seriam rateados R$ 10 mil entre sete sindicalistas do interior, o MPT solicitou e a Justiça do Trabalho determinou que fossem instaladas escutas na sala onde ocorreria o encontro.
Na sexta-feira, confirmado o rateio do valor, a PF prendeu os sete sindicalistas em flagrante, por extorsão e formação de quadrilha.
Os nomes dos sindicalistas envolvidos não foram divulgados. Todos, no momento da ação da Polícia Federal, estavam de posse de quantias diversas, não informadas. A PF tirou cópia das cédulas antes da entrega pela direção da Fetricon aos envolvidos.
Os presos são de Dourados, Naviraí, de Costa Rica, Três Lagoas e de Guia Lopes da Laguna.
Segundo a PF informou, todos foram transferidos para presídios estaduais, onde vão responder processo. Os crimes tem pena de até 3 anos de reclusão, para a formação de quadrilha, e de até 10 anos, para extorsão.