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Cidades

Justiça adia depoimentos em processo sobre morte de Dudu

Redação | 13/08/2009 08:44

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, teve de adiar para o dia 18 de agosto a audiência com testemunhas de acusação no processo de assassinato do menino Luis Eduardo Gonçalves.

Marcada para a manhã desta quinta-feira, os depoimentos foram suspensos hoje porque o advogado de José Aparecido Bispo da Silva, acusado de ter planejado o crime, teve outra audiência no mesmo horário.

Também responde pelo crime o jovem Holly Lee de Souza, 23 anos, acompanhado pela defensoria pública.

Hoje seriam ouvidas 6 testemunhas, a maioria diz ter visto Dudu ser espancado por adolescentes que já foram julgados e punidos com pena máxima de 3 anos em unidades de internação.

Sobre a sentença já proferida aos adolescentes envolvidos no assassinato, vizinhos que cresceram com Dudu, o pai do garoto, Roberto Gonçalves, avalia que "a Justiça é muito branda e infelizmente apoia menor infrator".

O processo tem 6 volumes e 1179 páginas, a partir de depoimentos de 15 testemunhas que só agora resolveram revelar detalhes sobre o dia do crime, alegando sofrer ameaças de morte dos envolvidos.

Agora, a audiência ficou para o dia 18, quando as mesmas pessoas serão usadas como testemunhas de defesa. Segundo o juiz, vizinhos arrolados pelo Ministério Público também foram convocados pela defesa dos acusados por considerar que as declarações podem favorecer Cido e Holly Lee.

No dia 20, os dois acusados serão ouvidos, e o juiz espera concluir essa fase para até meados de setembro decidir se eles irão a júri popular. O julgamento, inicialmente previsto para agosto, ficará para outubro, avalia Aluízio Pereira dos Santos.

Agonia - Além da espera por "Justiça", os pais de Dudu ainda sofrem por não poder sepultar o corpo do filho, morto aos 11 anos. Os exames em ossada descoberta neste ano, na saída para São Paulo, ainda comprovaram que os restos mortais são do menino.

Sem os laudos, não há enterro, reclama o pai Roberto Gonçalves. "Só queria enterrar meu filho como qualquer outra pessoa. Ficaria mais aliviado", lamenta.

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