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Cidades

Justiça condena advogada presa com US$ 390 mil dentro de mala na Capital

Ela foi presa em 2015 aos transportar valor proveniente do tráfico internacional de drogas

Izabela Sanchez | 29/06/2018 16:00

Presa pela Polícia Federal transportando US$ 390 mil em uma mala na rodoviária de Campo Grande em 2 de abril de 2015, a advogada Maria Cristina Herrador Raitz Cervencove foi condenada a quatro anos, quatro meses e 15 dias de prisão pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Para o MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul), no entanto, a pena precisa ser revista. Por meio da assessoria de imprensa, a Procuradoria afirma que que “a valoração negativa dos aspectos da culpabilidade e consequências do crime não resultou em fixação de pena-base em patamar razoável”.

“Ao abordar a dosimetria da pena, o MPF considera que o fato da ré ser advogada criminalista reflete em culpabilidade mais elevada”, afirma.

Segundo o MPF, o dinheiro tinha origem em tráfico internacional de drogas. Advogada, afirma o MPF, chegou a alegar que parte do montante seria referente ao pagamento de honorários advocatícios. O montante apreendido foi confiscado e a sentença também determina o perdimento do valor em favor da União.

À época, ela fazia o transporte com direção à cidade de Corumbá, a 419 km de Campo Grande, onde seguiria para a Bolívia pela fronteira. Conforme o MPF, consta nos autos que a advogada havia sido contratada para defender Joseph Perez, que respondia ação penal por tráfico de drogas, e que uma terceira pessoa identificada apenas como “Kalil” foi ao escritório da denunciada e lhe entregou a mala com o dinheiro, pedindo que levasse até Corumbá, onde Joseph a esperaria para pegar a quantia.

O MPF explica que além do dinheiro também foram encontrados nove folhas de papel A4 com diversas anotações feitas a mão sobre o processo criminal ao qual as pessoas que a contataram respondiam. “A denunciada, em suas declarações, admitiu ser a autora dos manuscritos. Os nomes presentes nas folhas de papel A4 pertencem a membros de uma organização criminal envolvida em tráfico internacional de cocaína”, afirma a Procuradoria.

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