Justiça nega liberdade a mulher acusada de usar o filho para vender drogas

Josenilde Alves da Silva, acusada de tráfico de drogas, corrupção de menores e maus-tratos a animais silvestres teve o pedido de habeas corpus negado pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Ela é processada por vender entorpecentes em casa com a ajuda do filho de 17 anos em Sidrolândia, distante 71 km de Campo Grande.

A defesa alegou que a mulher tem um filho de dois anos e está privada de visitas familiares, em condições de encarceramento indignas e que possui condições favoráveis como bons antecedentes e residência fixa para embasar o pedido.

O relator do processo, o desembargador Francisco Gerardo de Souza argumentou que o decreto de prisão preventiva está pautado na gravidade dos crimes, por ter associado o filho para vender drogas em casa, local onde fazia receptação de objetos furtados em troca dos entorpecentes. Sob a alegação de condições desumanas de encarceramento, o desembargador entendeu que o motivo não é suficiente para conceder liberdade.

Caso - A prisão em flagrante foi feita no dia 6 de janeiro do ano passado. A polícia chegou à casa de Josenilde após receber denúncia de que lá haviam objetos furtados.

No local foram encontradas dois usuários de droga, sendo um o filho da acusada que a ajudava a vender os entorpecentes, 119,4 gramas de maconha escondidas no fogão, mesa e gaveta de um armário, arma de pressão, videgame, bicicleta, e três aves silvestres com sinais de maus-tratos, tendo uma das asas cortadas.

Tanto mãe quanto filho disseram que os objetos, animais e a droga eram de propriedade do adolescente, porém os depoimentos caíram em descrédito. Um usuário de drogas, em testemunho a polícia, disse que havia trocado com a mulher videogame e um celular por drogas, e que os donos da boca de fumo têm ligação com outros criminosos, suponto que façam parte de uma quadrilha.