Justiça quer provas antes de decidir se solta jornalista
O juiz Aloísio dos Santos Pereira deu 3 dias úteis aos advogados da família do garoto Rogério Pedra Neto, o Rogerinho, reunir provas contra o jornalista Agnaldo Gonçalves, na tentativa de evitar o relaxamento da prisão dele.
Só depois desse prazo, ele irá decidir se libera ou mantém o réu no presídio.
A acusação sustenta que Agnaldo mentiu ter mudado para Praia Grande, no litoral paulista, como forma de atrasar o andamento do processo e protelar o julgamento pelo assassinato do menino.
Segundo os advogados, o jornalista nunca morou no município e sempre esteve escondido em Mato Grosso do Sul.
Carta precatória chegou a ser emitida a São Paulo, para tentar o depoimento do réu, mas o oficial de Justiça não encontrou Agnaldo no endereço citado, o que paralisou o processo por meses.
O jornalista foi preso no último dia 9, em Campo Grande, e a defesa busca o relaxamento da prisão.
O juiz que provas como informações de moradores da rua onde o jornalista dizia morar, sobre o tempo de permanência dele em Praia Grande, com documento reconhecido em cartório.
A defesa do réu garante que a dificuldade dos supostos vizinhos de ver Agnaldo no local foi porque ele sempre manteve anonimato, por medo de represálias.
O jornalista foi ouvido hoje no Fórum de Campo Grande, quase um ano depois da morte do menino durante briga de trânsito na avenida Mato Grosso, em novembro do ano passado.