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Cidades

Lançado em São Paulo Comitê Nacional para defesa dos índios de MS

Marta Ferreira | 07/12/2011 10:05
Desaparecimento de Nisio Gomes, mais recente episódio envolvendo conflito por terras em MS, chamou atenção do País para o problema. (Foto: Cimi)
Desaparecimento de Nisio Gomes, mais recente episódio envolvendo conflito por terras em MS, chamou atenção do País para o problema. (Foto: Cimi)

Foi lançado ontem em à noite em São Paulo, o Condepi (Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul), apoiado por 38 entidades e instituições. O objetivo é defender os direitos humanos dos índios sul-mato-grossenses, segundo om a participação de dezenas de movimentos sociais, o comitê visa a defender os direitos humanos dos índios sul-mato-grossenses.

No ato de lançamento, as palavras de uma guarani-kaiowá de Mato Grosso do Sul resumiram o ideal do comitê. “Espero que todas as pessoas entendam que nós também somos seres humanos, queremos viver, educar e libertar os nossos filhos desse caminho que temos que seguir hoje”, disse Lea Aquino.

O comitê foi criado em reação ao episódio mais recente envolvendo o conflito por terras reivindicadas como indígenas no Estado, o ataque ao acampamento Guaiviry, em Aral Moreira, no dia 18 de novembro. Desde então, um dos líderes do acampamento, Nisio Gomes, 59 anos, está desaparecido.

A Polícia Federal investiga o caso. Três suspeitos chegaram a ser presos, mas foram soltos. Não foram fornecidos detalhes da apuração.

Os guarani-kaiowá são o povo mais numeroso. São mais de 45 mil em Mato Grosso do Sul. O Censo 2010, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem o segundo maior número absoluto de habitantes indígenas do País, 79,2 mil, o que representa 9% da população indígena do País.

Segundo com o último relatório do Cimi, o estado concentrou 55% dos casos de mortes de indígenas no País nos últimos oito anos. Nos primeiros nove meses de 2011, 27 indígenas foram assassinados no MS, 71% dos 38 assassinatos ocorridos no Brasil.

Confira a lista das entidades que fazem parte do grupo:

1. CIMI (Conselho Indigenista Missionário)

2. CUT – MS

3. Centro de Defesa dos Direitos Humanos Maçal de Souza

4. MST-MS

5. 12ª Defensoria Pública Cível de Segunda Instância

6. RENAP (Rede Nacional de Advogados(as) Populares)

7. COPAI/OAB

8. CNBB – CRJP/01

9. Comissão de Direitos Humanos/OAB

10. Conselho Estadual Indígena de Mato Grosso do Sul

11. Conselho Municipal Indígena de Campo Grande

12. Comissão de Cultura da Câmara de Vereados de Campo Grande

13. Coletivo de Mulheres Negras

14. Fórum Nacional de Mulheres Negras

15. Associação Rede Criança

16. GT Combate ao Racismo Ambiental da RBJA

17. CEDEFES – Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – Belo Horizonte – MG

18. Centro de Agricultura Alternativa (CAA) Norte de Minas – MG

19. Fórum Carajás –São Luís – MA

20. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Maranhão) – MA

21. Instituto Terramar – Fortaleza – CE

22. Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) – Belém – PA

23. Dignitatis – João Pessoa – PB

24. INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos – Brasília – DF

25. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Ceará) – CE

26. CEPEDES – Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/BA

27. Terra de Direitos

28. Comissão Pastoral da Terra – CPT Nacional

29. Justiça Global

30. Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR) – BA

31. CEDECA Ceará – Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – CE

32. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Rio Grande do Norte) – RN

33. Grupo de Estudos em Direito Crítico, Marxismo e América Latina – GEDIC (UFERSA/UERN) – RN

34. Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto

35. ANCED – Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

36. ANADEF – Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais

37. Rede Alerta contra o Deserto Verde

38. ABRANDH – Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos

39. Advogados sem Fronteira

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