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Cidades

Lotéricas têm pouco movimento no dia de premiar com R$ 280 milhões

Thiago de Souza | 31/12/2015 14:21
Lotérica na 14 de Julho não tinha filas para jogar na Mega da Virada. (Foto: Marcos Ermínio)
Lotérica na 14 de Julho não tinha filas para jogar na Mega da Virada. (Foto: Marcos Ermínio)

Quem passou por algumas casas lotérias de Campo Grande, três horas antes do fechamento, às 13h, viu um movimento fraco, quase parado. Resta agora esperar cerca de cinco horas e  aguardar o sorteio, que será feito na noite desta quinta-feira (31), em São Paulo, às 19h35 (MS), e vai distribuir prêmio de R$ 280 milhões. "A bolada", se aplicada na poupança renderá cerca de R$ 56,6 mil, por dia.

Nos locais de apostas, não havia grandes filas como de costume e o motivo, segundo alguns apostadores, foi a desconfiança das pessoas em relação a destinação do prêmio, principalmente ao último concurso acumulado cujo prêmio de R$ 205 milhões foi pra Brasília. 

Em pleno centro da Cidade, na Rua 14 de julho, por volta de 11h20, não havia ninguém aguardando para fazer uma aposta. Em uma casa lotérica na Avenida Coronel Antonino, o casal Edileuza Moreno, 50, e Raul Alves, 68, estranharam a ausência de filas no local. “Meu marido comeu correndo pra chegarmos aqui. Pensei que ia ter uma fila quilométrica”, relatou Edileuza. “Só tinha nós, foi rapidinho”, completou o esposo Raul.

O aposentado Sebastião Claudino dos Santos, 72, atribuiu a falta de gente a comentários que circulam sobre o prêmio de R$ 205 ter ido pra Brasília. “Vivemos um momento conturbado na política e na economia, então o povo desconfia de tudo. Não é normal a lotérica estar vazia”, opinou.

Um vendedor ambulante de 51 anos, que não quis se identificar, trabalha em frente a casa lotérica na Coronel Antonino e também acha que o povo está com o “pé atrás” em relação a apostas na Mega-Sena. “O político rouba R$ 205 milhões e ainda quer que a gente não desconfie”, questionou. Porém, ele contou que pela manhã a lotérica estava bem cheia. A mesma opinião é de uma comerciante na mesma avenida. Ela não quis se identificar e disse que geralmente a fila “dá a volta na esquina”.

Na Avenida Mato Grosso, próximo a Rua Ceará, uma casa lotéria já estava fechada 20 minutos antes de encerrar as apostas. Cinco minutos antes do previsto, uma lotéria na Rua Pedro Celestino, esquina com a Rua Marechal Rondon também estava de portas fechadas.

Sobre o prêmio de R$ 205 milhões, sorteado para um apostador da Capital Federal, a desconfiança partiu, segundo internautas, do momento em que a Caixa Econômica Federal teria anunciado que ninguém acertou as seis dezenas. Minutos depois, divulgou que o prêmio foi para um apostador do Distrito Federal.

A gerente da casa lotérica não pode atender a equipe de reportagem para comertar sobre o movimento no local.

Em um ponto de mototaxi, na Avenida Afonso Pena, em frente a Praça Ary Coelho, um grupo de mototaxistas comentava sobre o bolão de apostas feito pelo aplicativo Whatasapp. Eles gastaram R$ 460,00 entre 23 apostadores.

Um deles, Ademar Raimundo Sobrinho, 32 anos, disse que viu as lotérias vazias mas acha que esse ano o “pessoal antecipou”. Sobre a desconfiança dos apostadores, ele disse que é “conversa fiada e que sempre existiram boatos”.

Sobre o que fará com o prêmio, Sobrinho titubeou e ficou sem palavras. O colega de trabalho ao lado aproveitou para fazer uma brincadeira. “vai gastar com a mulherada”.

Sobre a suspeita de fraude mencionada na matéria, entramos em contato com a assessoria da Caixa Econômica Federal, em Brasília, mas não tivemos resposta até o momento.

Edileuza Moreno chegou à lotérica pensando ter fila quilométrica. (Foto: Pedro Peralta)
Edileuza Moreno chegou à lotérica pensando ter fila quilométrica. (Foto: Pedro Peralta)
Sebastião Claudino acha que apostadores estão desconfiados. (Foto: Pedro Peralta)
Sebastião Claudino acha que apostadores estão desconfiados. (Foto: Pedro Peralta)
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