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Cidades

Mesmo contra anulação, alunos protestam depois do Enem

Redação | 13/11/2010 08:59

Revoltados com a "desorganização" no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas contra anulação das provas aplicadas neste ano, estudantes de Campo Grande fazem manifestação na manhã de hoje.

O protesto é organizado pelo "Grupo de Manifestantes Contra o Descaso do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]", formado a partir de uma comunidade no Orkut, criada depois da prova do Enem no fim de semana passada.

O estudante Pedro Carvalho, de 18 anos, criou a comunidade Protesto CG/MS, hoje com cerca de 200 membros. Na terça, quinta e sexta-feira, eles já se reuniram para organizar mobilização maior neste sábado, na Praça Ary Coelho, até às 12h.

"Não defendemos o cancelamento do Enem, mas queremos mais responsabilidade nas provas", diz Pedro, lembrando da sucessão de erros na aplicação dos últimos exames.

Para os estudantes, refazer o processo é submeter os candidatos a mais uma sessão de provas muito desgastante.

Ele quer fazer Medicina e diz que entre as complicações do exame que "define o futuro dos estudantes" está a regra que impediu o uso do relógio de pulso, lápis e borracha durante o Enem. "Os rascunhos eram metade de uma folha de prova, não tinha espaço para nada", diz, avaliando que as normas devem ser repensadas pelo MEC (Ministério da Educação).

Anna Carolina Rezende, que está no primeiro ano do Ensino Médio, fez o Enem como treinamento, mas também ficou revoltada com a "desorganização".

"Ficamos perdidos durante a prova. Os fiscais estavam bem desinformados e ficaram em dúvida quando surgiu o questionamento sobre o erro das cores nas provas", comenta.

A estudante Mariana Toledo, que tenta vaga de Artes Cênicas na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), garante que falhas maiores não foram divulgadas, "como questões relacionadas a matérias que ela nunca estudou no Ensino Médio e questões com três repostas corretas".

O grupo já conseguiu apoio da Câmara de Vereadores de Campo Grande e tenta, com a mobilização, mais apoio político e da sociedade.

Gabriel Zanian, de 17 anos, busca vaga de Ciências Sociais e resume a sensação entre os estudantes: "Queremos mais respeito no Enem".

Os estudantes que foram até a Praça Ary Coelho ainda realizaram uma caminhada de protesto pela rua 14 de Julho.

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