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Cidades

Morte de policial reforça combate a violência na Deam

Redação | 17/03/2009 09:36

"Se cortamos a própria carne, não nos furtaríamos em prender qualquer pessoa", afirma a delegada Lúcia Ferreira Falcão, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) em relação à importância de vítimas denunciarem casos de violência à Polícia.

Cinco dias depois da tragédia que envolveu dois investigadores da unidade policial, ela já remanejou servidores para manter o atendimento normal na delegacia.

Desde sexta-feira, Cleidival Antônio Vasques Bueno, 47 anos, está preso por matar a colega de trabalho Elaine Olando Viana Yamazaki, 35 anos, ambos trabalhavam no registro de ocorrência, setor que contava ao todo com três policiais.

De acordo com a delegada, entre as ações da Deam está a orientação para que as mulheres sintam-se cada dia mais fortalecidas a delatar companheiros agressores. "Sempre orientamos a ter confiança em relação ao trabalho da Deam. Esta prisão comprova a postura da Deam. Fizemos isso com um policial que é da delegacia, portanto, não pensaríamos em deixar de cumprir um mandado de prisão qualquer", completa Lúcia.

A delegada afirma que ainda não teve tempo de analisar se adota novas medidas na Deam. Entretanto, ressalta que não deve fazer mudanças na delegacia porque durante todo em que os os policiais atuaram na Deam jamais deixaram transparecer que mantinham um relacionamento extra-conjugal.

"Não tínhamos como prever, eles não demonstravam que existia algum tipo de relacionamento, se é que tinham mesmo", enfatiza. A delegada pontua que apenas o depoimento de Vasques revela o romance vivido entre os dois policiais.

A delegada afirma que não considera Vasques um homicida potencial. "Antes de sermos policiais somos pessoas e como pessoas estamos sujeitos a acertos e erros. Se agimos como pessoas, devemos ser punidos como qualquer pessoa", pontua.

Em depoimento à Polícia Civil, Vasques diz que ocorreu um acidente. Ele alegou que foi à universidade de Elaine para conversarem.

No caminho da casa da investigadora, Vasques pediu para que parasse, ele entrou no Ford Fiesta da policial e, durante uma "conversa em tom alto" houve o disparo. Elaine morreu no local e ele fugiu na motocicleta Twister que usou também para ir até a universidade procurar por Elaine.

Vasques não dormiu em casa e foi à Deam para trabalhar na sexta-feira. Ao chegar na delegacia, ele começou a chorar e disse à delegada titular que havia ocorrido um acidente com a Elaine. Na sequência, Vasques foi preso por policiais da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

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