ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

MPE vai recorrer para que filho de presidente do TRE volte a presídio

Equipe que atende preso em clínica tem psiquiatras, nutricionista e personal trainer

Aline dos Santos | 31/07/2017 12:25
Breno foi transferido para clínica no interior de São Paulo. (Foto: Facebook/Divulgação)
Breno foi transferido para clínica no interior de São Paulo. (Foto: Facebook/Divulgação)

O MPE (Ministério Público do Estado) vai recorrer da decisão do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que Breno Fernando Solon Borges, preso por tráfico de drogas e filho de desembargadora, volte ao presídio. Atualmente, ele está internado numa clínica de alto padrão em Atibaia (São Paulo).

Por meio de nota, o procurado-geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos, informa que o Ministério Público discorda da decisão.

“A posição do Ministério Público é de respeitar a decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, proferida por maioria, por uma das câmaras criminais, mas no entanto, como todas as manifestações anteriores pelos membros dessa instituição, o Ministério Público discorda dessa decisão e vai interpor os recursos necessários visando que ela seja reformada e com consequente retorno do acusado à prisão”.

Filho da desembargadora e presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Tânia Garcia de Freitas Borges, Breno foi preso na madrugada de 8 de abril pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Água Clara. Na ocasião, estava acompanhado da namorada Isabela Lima Vilalva e do serralheiro Cleiton Jean Sanches Chave.

Em dois veículos, o trio transportava 129,9 kg de maconha, 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Armadas no Brasil.

Num outro processo, Breno é acusado de planejar a fuga de liderança de organização criminosa do presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande.

A PF (Polícia Federal) chegou ao nome de Breno como participante da organização após a análise de celulares apreendidos. A polícia fez o pedido de prisão preventiva, aceito pela Justiça.

Contudo, uma sequência de liminares do TJ/MS determinou que o preso fosse transferido do presídio de Três Lagoas para clínica no Estado. Depois, a ordem foi ampliada para internação do preso em qualquer cidade brasileira.

A primeira liminar foi dada pelo desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, que havia liberado o preso para tratamento psiquiátrico, após ser diagnosticado com “Síndrome de Borderline”. Como foi decretada a preventiva, ele foi mantido na prisão.

Porém, no plantão do dia 21 de julho, o desembargador José Ale Ahmad Netto concedeu nova liminar para fazer valer a primeira decisão de transferência do preso.

Segundo José Ale, a imposição de óbice pelo juízo da comarca de Três Lagoas implica obstáculo indevido ao direito de Breno, que, de acordo com os laudos médicos apresentados, necessita de imediata submissão a tratamento de saúde. Breno foi interditado pela mãe. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abriu investigação sobre o caso.

Estadia - Página na internet mostra que a clínica Maxwell tem alto padrão, com suítes, piscina, área de lazer, academia, sauna e 11 mil metros quadrados de área verde.

Documento anexado ao processo informa que a estadia começou em 28 de julho e será por tempo indeterminado. Breno será atendido por equipe multidisciplinar, com psiquiatras, psicólogo, nutricionista, enfermeira, fisioterapeuta e personal trainer.

Jardim e piscina da clínica Maxwell, onde filho de desembargadora foi internado.
Jardim e piscina da clínica Maxwell, onde filho de desembargadora foi internado.
Nos siga no Google Notícias