MPF inicia ações para atender brasiguaios de Itaquiraí
Os brasileiros que deixaram o Paraguai e que montaram uma verdadeira cidade às margens da BR-163 próximo a Itaquiraí, no sul do Estado, começaram a receber as primeiras ações de atendimento organizadas pelo MPF (Ministério Público Federal) de Dourados (MS). Uma das atividades primárias é a emissão de documentos para quem possuía registro apenas no Paraguai.
A estimativa é que 463 famílias de brasiguaios estejam vivendo em condições precárias no acampamento. Em nota, o MPF afirma que a situação dos brasiguaios é complexa.
A maioria não possui documentos, a infraestrutura no acampamento é inexistente, as crianças não possuem condições de freqüentar uma escola regular e a sobrevivência se dá por doações, cestas básicas fornecidas pela prefeitura de Itaquiraí e da renda de trabalho informal na região.
O MPF solicitou ao Ministério das Relações Exteriores para que providencie os documentos para os trabalhadores acampados em Itaquiraí. Somente com registro civil legalizado é possível inserir os brasiguaios no Programa Nacional de Reforma Agrária. Muitos sequer têm um registro de nascimento e outros perderam os documentos na fuga do Paraguai para terras brasileiras.
De acordo com Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), além das famílias já instaladas, outras 2.000 estariam dispostas a deixar o Paraguai.
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