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Cidades

MPT pediu mais de R$ 162 mil em indenizações por trabalho escravo

Ao longo do ano passado, 19 pessoas foram retiradas de situação análoga a escravidão em todo o Estado

Geisy Garnes | 01/02/2018 15:19
Fiscais e trabalhadores, durante operação do MTE contra trabalho escravo em outubro do ano passado (Foto: MTE/Divulgação)
Fiscais e trabalhadores, durante operação do MTE contra trabalho escravo em outubro do ano passado (Foto: MTE/Divulgação)

Em 2017, o MPT (Ministério Público do Trabalho) pediu mais de R$ 162 mil em indenizações por trabalho escravo em Mato Grosso do Sul. Ao longo do ano passado, 19 pessoas foram retiradas de situação análoga a escravidão em todo o Estado, somando 264 trabalhadores resgatados nos últimos seis anos.

Os dados foram divulgados nacionalmente nesta quinta-feira (1º). Em todo o Brasil, foram R$ 100,5 milhões em indenizações por dano moral coletivo em casos envolvendo trabalho escravo. Segundo Kleber Pereira de Araújo e Silva, chefe da Inspeção do Trabalho do MTE em Mato Grosso do Sul, no mesmo período, quando quatro ações foram realizadas e 19 pessoas resgatadas, o valor chegou a R$ 162.826,53.

De acordo com o MPT-MS, todas as vítimas resgatadas no ano passado estavam em atividade rural. Ainda conforme o ministério, 245 trabalhadores foram resgatados em situação análoga a escravidão de 2012 a 2016, gerando uma indenização de mais de R$ 715 mil no Estado neste mesmo período.

Os valores das indenizações pagas, segundo o MPT, são destinadas à instituições e entidades envolvidas com a temática como maneira de reparar a sociedade.

Nacionalmente, o número de ações civis públicas envolvendo trabalho escravo cresceu nos últimos dois anos. Em 2016 foram registradas 93 ações e, em 2017, foram 103 – 68% delas relacionadas a trabalho degradante, que inclui práticas como a de escravidão por dívidas.

Campanha – Na última semana, foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil, em 28 de janeiro, ocasião em que o MPT lançou a campanha nacional “Baseado em Fatos Surreais”. A ação conta com mais de 20 peças publicitárias, entre vídeos, spots, anúncios para revistas, outdoors, busdoors e conteúdo direcionado às redes sociais. As imagens são de trabalhadores explorados, em condições degradantes, em todo o país.

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