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Cidades

MST chega à Capital depois de 5 dias na estrada

Redação | 13/08/2009 10:55

Depois de 5 dias na estrada, famílias de trabalhadores rurais ligados ao MST chegaram na manhã de hoje a Campo Grande.

O grupo saiu de assentamento na região de Terenos às 4 horas da manhã de sábado, engrossando movimento nacional de luta pela reforma agrária.

A distância não é tão longa, mas durante a caminhada, as famílias fizeram panfletagem, entregaram alimentos e pararam para debater as reivindicações.

"Os pedidos não mudam, porque as coisas andam muito devagar no Brasil. Se a gente não luta, não se mobiliza, nada funciona no Brasil", protesta o assentado de Terenos, José Luis da Silva, de 58 anos.

A marcha, que já não é novidade para ele, que já participou de 3 manifestações como a de agora, sempre cobrando o que há anos é bandeira do movimento: agilidade na liberação de recursos, que segundo os trabalhadores há mais de 4 anos estão emperrados, como crédito para construção de casas nos assentamentos.

Entre as reivindicações dos sem-terra está a recomposição do orçamento previsto para este ano, que sofreu o corte de 30%. O movimento cobra o descontingenciamento de mais de R$ 700 milhões, que não chegam às famílias e aplicação também na desapropriação e compra de terras. Outro pedido é a recomposição do orçamento

O MST denuncia também que são raros os casos em que o agricultor consegue ter acesso aos recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

A caminhada, que tem uma segunda frente vindo de Nova Alvorada do Sul, com 600 pessoas, é uma alternativa às invasões de terras, explica o movimento, que durante a marcha distribuiu panfletos e conversa com a população na tentativa de sensibilizar para as dificuldades enfrentadas em assentamentos e acampamentos.

Os dois grupos vão se reunir na sexta, em uma manifestação no Horto Florestal, em Campo Grande, de onde saem em passeata.

Os pontos colocados em documento, já apresentado em Brasília nesta semana por lideranças de todo o País, também pede o fortalecimento do Incra.

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