Na rota de furacão, campo-grandense relata rapidez na reconstrução

Se fenômenos da natureza como o furacão Irma, que atingiu o sul do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, no último fim de semana, são inimagináveis na realidade do Brasil, a rapidez da entrada em ação das equipes de recuperação dos danos provocados também é algo que ultrapassa o poder da imaginação de qualquer cidadão brasileiro.
Foi o que constatou a jornalista campo-grandense Joselina Reis, moradora na cidade de Plantation, no condado de Broward, a 30 minutos ao Norte de Miami. Em relato para o Campo Grande News, ela disse que os trabalhos de recuperação dos estragos começaram menos de 24 horas depois da passagem do furacão.
“Antes mesmo de o furação chegar o governo já tinha uma equipe de 7 mil pessoas preparadas para começar os trabalhos de limpeza, retirada de árvores que foram arrancadas pela raiz e a recuperação das ruas, dos telhados das casas e da fiação elétrica”, disse Joselina.
Segundo ela, o governo do Estado da Flórida se preparou muito bem para a chegada do Irma. Decretou estado de emergência 48 antes, também antes o governo federal liberou recursos para atender as regiões atingidas, e bem antes do furacão a ajuda de outros estados já havia chegado às localidades na rota da tormenta.
“Realmente é uma questão de organização de país de primeiro mundo, e por conta disso os danos causados pelo furacão não foram tão grande, além da falta de energia elétrica e das muitas árvores caídas pelas ruas”, frisou.
Joselina relatou que as casas ficaram sem energia elétrica e o conserto da fiação só não começou ontem porque, embora o furacão já tivesse perdido força, ainda ventava muito forte, mas os trabalhos foram iniciados hoje logo cedo.
“Aqui em Plantation muitas casas ficaram com o telhado danificado. O telhado da minha casa, por exemplo, foi danificado, a fiação da minha casa foi danificada, começou a sair água pelas tomadas, mas desde 9h da manhã as equipes de recuperação já estavam em ação”, afirmou ela.
Quem não tinha onde ficar ou optou por sair de casa e procurar um lugar mais seguro para fugir da zona de risco do furacão, o governo abriu vagas em abrigos. Em Miami foram abertas 100 mil vagas. “Somente aqui no condado de Broward tivemos 19 abrigos”, afirmou.