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Cidades

Nada muda na Santa Casa, afirma secretário de saúde

Redação | 18/01/2008 11:58

Tudo continua igual na administração na Santa Casa, garantiu o secretário de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta. A gestão permanece bipartite, com representantes da prefeitura e do governo estadual, como é feito desde 2006. "Essa posse não significou nada", declarou o secretário sobre o fato da ABCG (Associação Beneficiente de Campo Grande) ter anunciado que assumiria nesta sexta-feira a administração da Santa casa como pessoa jurídica responsável.

Em reunião com o corpo clínico do hospital, Mandetta reforçou que o que vale é o decreto publicado nesta sexta pela prefeitura e que "a vida segue normalmente". Ele garantiu que alguma mudança na direção só ocorrerá em três hipóteses: pela vontade do prefeito, após acordo de consenso com a Associação ou por nova ordem judicial.

A direção da ABCG esteve nesta manhã na Santa Casa, na tentativa de cumpir uma decisão de ontem (17) do TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul, que derrubou a liminar dada em dezembro pelo juiz Dorival Santos, que mantinha a intervenção do poder público no hospital. A posse durou poucos minutos. Acabou com a chegada do secretário de Saúde. O presidente da Associação, Esacheu Nascimento, deixou o hospital e seguiu para uma reunião como prefeito Nelson Trad (PMDB).

Mandetta lembrou que a intenção para 2008 era fazer uma co-gestão, com a participação da Associação. "Mas o Ministério Público entendeu que um acordo desses não daria garantias de atendimento e entrou com ação pedindo a intervenção."

O juiz Dorival Moreira, da Vara de Direitos Difusos Coletivos e Individuais, deu parecer favorável no final de dezembro de 2007, e deu prazo de 90 dias para que seja contratada uma empresa especializada em administração hospitalar.

A princípio três empresas estavam na disputa, mas atualmente apensas duas concorrem: a Pró-saúde e Unifesp, "Uma nova rodada de negociação será realizada com essas empresas para definir quem assumirá gestão", informou Mandetta.

O secretário também negou a afirmação de que no período de intervenção a Santa Casa foi rebaixada de alta para média complexidade, como haviam informado os advogados da Associação Beneficente. "Isso não é verdade, se tivesse rebaixado haveria diminuição dos repasses do SUS. Apenas 65% dos procedimentos são de média complexidade o restante continua de alta complexidade."

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