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Cidades

No DF, homem que recebeu coração de paciente de MS passa bem

Transporte do órgão foi feito pela Força Aérea Brasileira no dia 24 de junho

Anahi Zurutuza | 04/07/2016 14:29
Desde o dia 7 de junho, FAB tem de ajudar no transporte de órgãos sempre que solicitado (Foto: FAB/Divulgação)
Desde o dia 7 de junho, FAB tem de ajudar no transporte de órgãos sempre que solicitado (Foto: FAB/Divulgação)

O homem que no dia 24 de junho recebeu um coração doado pela família de uma mulher, de 47 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande, passa bem. Contudo, conforme a assessoria de imprensa do ICDF (Instituto de Cardiologia do Distrito Federal), onde foi feita a cirurgia, ainda não há previsão de alta para o paciente.

O coração foi o primeiro transportado por avião da Força Aérea Brasileira depois que o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), determinou que a Aeronáutica sempre mantenha aeronaves à disposição para qualquer chamado de transporte de órgãos ou de pacientes aguardando transplantes pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Ao contrário do que foi informado à reportagem e publicado em matéria do dia 1º deste mês, o transplante foi feito no Instituto de Cardiologia do DF e não no Hospital de Base de Brasília. De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, o estabelecimento é o único do Distrito Federal que atualmente faz esse tipo de cirurgia.

No dia 23 de junho, depois de ser constatada a morte cerebral de uma paciente e a família dela autorizar a doação, equipe do ICDF veio à Santa Casa para fazer a captação do coração dela, que salvou a vida do homem na capital federal.

No maior hospital de Mato Grosso do Sul apenas a cirurgia de rim é feita e córneas são captadas de pacientes. Contudo, o hospital tem estrutura para receber equipes de fora do Estado para a retirada de órgãos e tecidos de doadores internados.

Legislação - O decreto nº 8.783 entrou em vigor no dia 7 de junho. Desde então, o esforço conjunto das centrais de transplantes com a FAB para garantir a logística de transporte de órgãos já salvou 12 vidas, segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.

De acordo com a coordenadora da Cidot (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos) da Santa Casa, Ana Paula Silva das Neves, a determinação do governo federal facilitou a tarefa de viabilizar um transplante. “A gente já perdeu muita doação por não ter como transportar a tempo”.

Ela explica que já havia um termo de cooperação entre a Aeronáutica e a Central Nacional de Transplantes, mas nem sempre as missões eram autorizadas pela FAB.

No dia 27, a Força Aérea fez o segundo transporte de órgãos doados em Campo Grande neste ano. Dois rins e um fígado foram levados para São Paulo e para o Espírito Santo.

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