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Cidades

Número de casos de dengue cai 97% nos três primeiros meses de 2017

Zika e Chikungunya também tiveram baixa nas notificações; As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti

Yarima Mecchi e Marcus Moura | 06/04/2017 13:47
Largas encontradas em casa na Vila Carlota. (Foto: André Bittar)
Largas encontradas em casa na Vila Carlota. (Foto: André Bittar)

Os casos de dengue caíram entorno de 97,13% em Campo Grande, se comparar os três primeiros meses de 2016 com de 2017. De acordo com dados da SES (Secretaria do Estado de Saúde) são 21.825 registros a menos. A incidência da doença está menor em todo Estado.

Não foram só os números da dengue que caíram, mas Zika e Chikungunya também tiveram baixa nas notificações. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Mesmo com a queda os agentes de edemias da prefeitura encontram focos do mosquito em residências, na manhã desta quinta-feira (6) um casa da Rua da Lira, na Vila Carlota foi notificada pela segunda vez.

O supervisor geral de vetores da região Bandeira, José Ricardo Campos, explicou que o morador pediu mais tempo para fazer a limpeza no local.

"É a segunda vez que notificamos esse morador e ele pediu um prazo de 15 dias para fazer a limpeza. Aqui nós constatamos a presença de larvas de mosquitos, enviaremos essas amostras para exame em laboratório para saber de qual espécie estamos tratando", relatou.

Agente de endemia em casa na Vila Carlota. (Foto: André Bittar)
Agente de endemia em casa na Vila Carlota. (Foto: André Bittar)
Supervisor geral de vetores da região Bandeira, José Ricardo Campos. (Foto: André Bittar)
Supervisor geral de vetores da região Bandeira, José Ricardo Campos. (Foto: André Bittar)

Moradoras antigas comentam que perceberam a queda na quantidade de pessoas infectadas com as doenças transmitidas pelo mosquito. Há 30 anos na região, Hilda dá Costa, 82 anos, destaca que o principal motivo é conscientização das pessoas.

"Eu nunca vi falar tanto sobre dengue como agora, o povo tá aprendendo que tem que cuidar, o agente faz a parte dele, mas o população tem que ajudar também. Faz tempo que não escuto uma história de alguém com dengue", afirmou.

Sabendo da impotância de cuidar não só do quintal de casa Hilda da Silva Soares, 73 anos, mora há 50 anos no bairro e conta que sempre cobrou dos vizinhos para não deixar água parada.

"Eu fui praticamente uma das fundadoras do bairro, sempre briguei pras pessoas cuidarem das casas, aqui na região faz tempo que não vejo casos de dengue".

Dados - No caso da dengue, de 1º de janeiro a 30 de março de 2016, foram confirmados 22.468 pessoas doentes. No mesmo período de 2017 o número caiu para 643, em Campo Grande. A nível estadual a queda foi de 45.020 para 2.116, uma quede de 95% nos registros da SES.

O número de óbitos também caiu, foram nove em 2016 no Estado sendo três na Capital, este ano apenas uma morte foi registrada em Mato Grosso do Sul, no município de Camapuã - a 133 Km de Campo Grande.

Com relação ao zika vírus a cidade conseguiu zerar os casos. No ano passado foram 84 pessoas infectados e por enquanto não há confirmações, 11 estão sob investigação. Apenas Corumbá - a 400 km da Capital - teve uma pessoa com a doença neste ano. Em 2016 foram 110 casos nos primeiros 90 dias.

Hilda da Silva Soares, 73 anos. (Foto: André Bittar)
Hilda da Silva Soares, 73 anos. (Foto: André Bittar)

A febre chikungunya também está zerada, na Capital e no Estado não há casos confirmados da doença. No ano passado foram sete casos em Mato Grosso do Sul, sendo quatro em Campo Grande.

Secretaria - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou por meio da assessoria de imprensa que em cada uma das sete regiões de Campo Grande mantém diariamente três equipes. No caso da região do Bandeira, hoje tinham cinco equipes. A prefeitura conta ainda com seis carros de fumacê.

"Cada região trabalha diariamente com no mínimo três equipes da CCEV (Coordenadoria de Controle Endemias Vetoriais), sendo oito pessoa em média por equipe". 

No fim do dia os agentes entregam um relatório informando quantas casas foram vistoriadas e o trabalho que foi feito em cada uma delas. Os dados informados ajudam compõem o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) e ajudam a secretaria formar estratégias de combate ao Aedes aegypti.

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