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Cidades

Ong é a favor da máquina de camisinha nas escolas

Redação | 23/11/2010 10:53

Sem saber da discussão polêmica que está em pauta hoje (23) na Câmara Municipal, Cristiane Duarte, presidente da Ong (Organização Não Governamental) Bem Mulher, passou pelo local e percebeu que o assunto era de seu interesse. Ela é uma das integrantes do grupo gestor dos estudos que desenvolveu o projeto da máquina das camisinhas, e defende a instalação das máquinas nas escolas.

"O adolescente tem que ter acesso aos meios de prevenção. Hoje, há camisinha de graça nos centros básicos de saúde, e não é fácil o acesso porque eles têm que preencher cadastro e se expor", afirmou Cristiane. Ela reclamou ainda de não ter sido avisada sobre a discussão de hoje e a votação do projeto de Siufi, que proíbe a instalação das máquinas de distribuição de camisinha. "Se eu soubesse disso, teria trazido documentos de defesa e ocuparia a tribuna", disse ela.

Cristiane explica que a máquina não é uma forma de distribuir camisinha, mas que deixa os preservativos disponíveis para os adolescentes que quiserem pegar. "A máquina fica dentro de escolas, porque é ambiente educativo. O aluno vai ser orientado por professores e educadores. O estatuto da criança e adolescente, prevê a autonomia sobre a sexualidade", destaca.

Sobre a presença e opiniões dos padres, para Cristiane, "o assunto é de saúde pública e não de religião".

Recentemente, uma carta do Papa Bento XVI continha texto que foi interpretado como se ele aceitasse o uso da camisinha, no entanto, o padre Paulo Roberto de Oliveira, que representa o bispo Dom Vitório hoje na Câmara, afirmou que foi um equívoco. Ele explica que o Papa disse que em casos como o de um casal em que um dos dois é soro positivo, o uso da camisinha é permitido por se tratar da proteção da saúde do outro que não possui HIV. Portanto, o membro da igreja católica permanece defendendo a abstinência e o casamento em virgindade.

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