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Cidades

ONG põe MS e SP como líderes na violação à liberdade de expressão

Gabriel Neris | 15/03/2013 10:10

Mato Grosso do Sul e São Paulo aparecem como os Estados que mais registraram casos de violações à liberdade de expressão no ano passado. O estudo foi divulgado pela ONG internacional Artigo 19 e publicado pelo jornal Folha de São Paulo.

De acordo com o jornal, a publicação “Graves violações à liberdade de expressão de jornalistas e defensores dos direitos humanos” traz o resultado de investigações realizadas com relação aos crimes de homicídios, tentativas de assassinato, ameaças de morte, sequestros e desaparecimentos.

Foram investigados 82 possíveis violações graves à liberdade de expressão, sendo que apenas em 52 casos foi possível identificar a relação. Oito casos foram registrados em Mato Grosso do Sul e outros oito em São Paulo.

“Embora exista um imaginário de que a baixa institucionalização do Estado nas áreas mais remotas do país seria a causa das graves violações à liberdade de expressão, em 2012 nota-se o fenômeno contrário”, aponta o relatório.

O estudo conclui que o Estado reage violentamente contra denúncias que são publicadas ou divulgadas, principalmente através da internet. “Com relação aos mandantes, nota-se um grande número de casos envolvendo o Estado seja na figura da polícia, dos políticos e agentes públicos. Do lado da organização da civil e privada, nota-se a atuação do crime organizado, dos produtores rurais/extrativistas e empresários”.

Em alguns Estados não houve ocorrências registradas, como na Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará.

A ONG também aponta que há um alto número de crimes pequenos municípios, com menos de 100 mil habitantes. “Locais onde há mais proximidade entre Estado e população”. Os homicídios representaram 30% das graves violações de 2012, tentativas de assassinato 15%, ameaças de morte 51% e sequestros e desaparecimento somente 4%.

O relatório conclui que o crescimento de casos de ameaças está relacionado à internet. Entre jornalistas o caso representa 40%. Conforme a Folha de São Paulo, o estudo aponta que conteúdos publicados em blogs pessoais, mídias sociais e sites tornam os jornalistas muito mais expostos.

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