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Cidades

Operação da PF mira frigoríficos e descobre "maquiagem" em carne podre

A Justiça Federal do Paraná determinou bloqueio de R$ 1 bilhão

Aline dos Santos | 17/03/2017 11:12

A operação “Carne Fraca”, realizada nesta sexta-feira (17) pela PF (Polícia Federal), mira gigantes dos setor de frigoríficos e investiga maquiagem de produtos, com venda de carne fora do prazo de validade. De acordo com a Folha Online, a investigação revelou até o uso de carnes podres, maquiadas com ácido ascórbico, e reembalagem de produtos vencidos.

Na lista das grande empresas, com atuação nacional e no exterior, aparecem a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão; e JBS, dona da Seara e Big Frango. A JBS tem unidades em Mato Grosso do Sul. No entanto, o Estado não foi alvo da "Carne Fraca".

A ação, a maior da história da PF, cumpriu 309 mandados judiciais em São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.

Ainda de acordo com a Folha Online, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, aparece em grampo interceptado pela operação em conversa com o suposto líder do esquema criminoso. Contudo, Serraglio não é investigado porque a PF não encontrou ilegalidade na sua conduta.

Segundo a polícia, os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva

Em quase dois anos de investigação, a operação detectou que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam diretamente para proteger grupos empresariais.

O nome da operação faz alusão à expressão popular e à qualidade dos alimentos fornecidos ao consumidor por grandes grupos corporativos do ramo alimentício. A ação envolveu 1.100 policiais. Foram 27 ordens de de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. A Justiça Federal do Paraná determinou bloqueio de R$ 1 bilhão.

Outro lado – Por meio de nota à imprensa, a JBS esclarece que não há nenhuma medida judicial contra os seus executivos e que a sede não foi alvo da operação.

“A ação deflagrada hoje em diversas empresas localizadas em várias regiões do país, ocorreu também em três unidades produtivas da Companhia, sendo duas delas no Paraná e uma em Goiás. Na unidade da Lapa (PR) houve uma medida judicial expedida contra um médico veterinário, funcionário da Companhia, cedido ao Ministério da Agricultura”, diz o informe.

Ainda de acordo com a nota, a JBS “repudia veementemente qualquer adoção de práticas relacionadas à adulteração de produtos – seja na produção e/ou comercialização - e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos”.

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