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Cidades

Operação na fronteira contabiliza apreensão de 1,4 t de droga em 8 dias

Paula Vitorino | 28/09/2012 10:45
Orgãos de segurança apresentaram resultados da Operação Cerco, nesta manhã. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Orgãos de segurança apresentaram resultados da Operação Cerco, nesta manhã. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Pela primeira vez, todos os órgãos de segurança em Mato Grosso do Sul estão reunidos em uma única operação para coibir que a fronteira seja utilizada como porta de entrada e saída para crimes, principalmente o roubo de camionetes brasileiras.

No balanço parcial divulgado nesta manhã, entre policia estadual e federal, foram 12 veículos recuperados, 30 presos e dois adolescentes apreendidos, 1.498 quilos de drogas, 2 armas, 2.183 pacotes de cigarros, 120 munições e 128 multas.

A Operação Cerco começou no dia 20 e termina hoje, mas a intenção é que as ações se tornem permanentes, de acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini.

A união das forças de segurança acontece há cerca de um mês do assassinato de dois universitários após sequestro na saída de bar da Capital. O objetivo dos bandidos era vender o veículo na Bolívia. O crime, aliado aos outros diversos casos semelhantes, gerou grande comoção em toda a sociedade, motivando até audiência pública na OAB-MS.

Jacini explica que “em decorrência desse fato e de outros nós demos foco a esse tipo de crime, que visa às camionetes”.

Com o policiamento integrado, o objetivo é prevenir que o crime chegue até a área de fronteira. “A área fronteiriça é muito grande, não temos como fazer uma barreira em toda a fronteira, então queremos impedir que os criminosos cheguem até essa área”, explica.

No balanço parcial divulgado nesta manhã, entre policia estadual e federal, foram 12 veículos recuperados, 30 presos e dois adolescentes apreendidos, 1.498 quilos de drogas, 2 armas, 2.183 pacotes de cigarros, 120 munições e 128 multas.

Os números ainda não contam com as ações da Polícia Civil, que investigam uma quadrilha de roubo de veículos. “Investigamos esse quadrilha constantemente, mas contar com todas as forças em uma operação faz muita diferença, já que com o efetivo de um só órgão é impossível cobrir todo o Estado”, frisa o delegado geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas.

Apenas a Polícia Federal não está envolvida na operação. A greve dos funcionários pode ser um dos motivos para a não participação.

Fronteira - Na ação ostensiva de segurança na fronteira, a preocupação das autoridades do lado brasileiro também é com a cooperação do governo dos países vizinhos, principalmente Paraguai e Bolívia.

“Nós fazemos fronteira com os maiores produtores de cocaína e maconha do mundo. Nosso Estado sofre por ser corredor dessa droga, que depois é distribuída por diversos estados”, diz o secretário.

Ele afirma que a cooperação do lado paraguaio é maior, mas que em relação a Bolívia o diálogo é mais difícil. “Isso por questões políticas deles”, esclarece.

A Bolívia é um dos países apontados pelos órgãos de segurança como “narcoestados”, ou seja, onde o narcotráfico está infiltrado e interfere no governo do país.

Sobre as investigações da quadrilha que roubou e matou os dois universitários, no dia de agosto, Jacini disse acreditar que se as investigações já estariam mais adiantadas se envolvessem o Paraguai e não a Bolívia. A Polícia apontou que uma pessoa de Corumbá seria o receptador do veículo, mas nenhum suspeito foi preso.

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