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Cidades

Operários e patrões não entram em acordo e greve permanece na Capital

Filipe Prado | 28/04/2014 18:48
Grevistas não aceitaram contraproposta e greve continua na Capital (Foto: Marcelo Victor)
Grevistas não aceitaram contraproposta e greve continua na Capital (Foto: Marcelo Victor)

O Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) e o Sinduscon (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção) não entraram em um consenso na audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na tarde de hoje (28), e a greve permanece em Campo Grande. Dos 30 mil trabalhadores da Capital, cerca de 15 mil aderiram a paralisação.

Em audiência, o presidente do Sintracom, José Abelha, propôs o aumento mínimo de 15% no piso salarial dos pedreiros e serventes e 10% para os demais trabalhadores, além de R$ 150 de vale alimentação.

O Sinduscon, representado pelo coordenador de comissão de negócios da convenção coletiva Renato Marcílio da Silva, negou a proposta e apresentou o aumento de 7% para o piso dos trabalhadores e 6% para as outras categorias.

“Nós iremos aceitar se houver o pagamento de R$ 230 mensais de vale alimentação”, retrucou Abelha.

Após várias argumentações, os sindicatos não acordaram e, de acordo com o presidente do Sintracom, a greve irá continuar. “Não vamos aceitar. Isso vai nos dar canseira, mas nós temos pernas e temos fôlego”, comentou.

Conforme Renato, não há como aceitar a proposta dos trabalhadores. “Eles querem equiparar com o piso salarial de São Paulo. Hoje eles ainda reduziram, mas ainda ficou três vezes maior do que a inflação. Isso gera um impacto na folha de pagamento muito grande”, explicou.

Os sindicatos terão um prazo, não divulgado, para discutirem uma nova proposta, então marcarão uma data, junto ao TRT, para uma nova audiência de conciliação.

Greve - A greve começou na quarta-feira, dia 23, e já somou seis dias de paralisação. O sindicato patronal ofereceu reajuste de 6,78%, proposta recusada pelos grevistas, que pediam 30%. Nesta segunda-feira (28), a greve seguiu com mobilizações no Aquário do Pantanal e em obras da Plaenge, Brookfield e MRV.

A obra do Aquário do Pantanal também ficou parcialmente paralisada. Dos 110 trabalhadores foram, 80% aderiram a greve. A greve da construção civil tem a adesão de 15 mil operários em Campo Grande, número que representa 50% dos funcionários que trabalham em 400 obras.

De acordo com o presidente do Sintcop (Sindicato dos Trabalhadores de Construções Pesadas), Valter Vieira dos Santos, a paralisação também será aderida pela categoria, caso não haja um acordo até o dia 30. Cerca de 10 mil trabalhadores também irão parar.

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